O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, disse ontem, em Idanha-a-Velha, que há muito património devoluto e ao abandono no país, um problema ao qual o programa Revive pretende dar resposta.
O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, disse ontem, em Idanha-a-Velha, que há muito património devoluto e ao abandono no país, um problema ao qual o programa Revive pretende dar resposta.
"Há muito património devoluto que está ao abandono e que nem sequer tem sido utilizado. O programa Revive responde a muitos desses problemas e permite recuperar e, ao mesmo tempo, valorizar esse património", disse o ministro da Cultura.
O governante deslocou-se a Idanha-a-Velha, no distrito de Castelo Branco, para participar na assinatura do memorando de entendimento entre o Estado, o Turismo de Portugal e o município de Idanha-a-Nova, para a requalificação e aproveitamento turístico da Casa Marrocos, no âmbito do programa Revive.
Luís Filipe Castro Mendes considerou o caso deste imóvel de Idanha-a-Velha como sendo "muito especial", uma vez que além da recuperação da casa, vai valorizar todo o património arqueológico.
"Trata-se de recuprar uma casa dos anos 40, mas o objetivo é valorizar todo este rico património à volta [Idanha-a-Velha], o espólio arqueológico, através da recupração deste edifício", frisou.
Já o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, explicou que o Revive é um projeto conjunto dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças, onde todos participam em partes iguais.
"Este é também um projeto dos autarcas que se associaram e que, sem o seu empenho, não seria possível", disse.
Sobre a Casa Marrocos, o governante sublinhou que este é um dos primeiros projetos a avançar no âmbito do Revive, fruto do empenho da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.
"O projeto [Revive] pretende a valorização do património para o pôr ao serviço do desenvolvimento regional. Trata-se de um programa claramente diferenciador", disse.
O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, explicou que este não é um mero projeto para a instalação de um hotel de quatro ou de cinco estrelas: "Este projeto conta uma história de sucesso de 1300 anos de uma cidade romana [Egitânea] e de uma aldeia [Idanha-a-Velha] que é património nacional", concluiu.
O município de Idanha-a-Nova vai agora lançar um concurso público, sendo que o vencedor irá ficar incumbido de requalificar o imóvel e de fazer a sua exploração.
Contudo, o investidor irá beneficiar de financiamento que pode ir até 20% a fundo perdido e de um conjunto de iniciativas no âmbito do quadro comunitário.
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