Diário Digital Castelo Branco - Castelo Branco: Aldeia da Lardosa oferece cascoréis a S. Sebastião Di�rio Digital Castelo Branco - Not�cias num Clique

Castelo Branco: Aldeia da Lardosa oferece cascoréis a S. Sebastião

A freguesia de Lardosa, no concelho de Castelo Branco, celebra no fim-de-semana a festa de S. Sebastião, oferecendo ao santo os tradicionais cascoréis.

 

  • Região
  • Publicado: 2010-01-21 19:33
  • Por: Diario Digital Castelo Branco
A freguesia de Lardosa, no concelho de Castelo Branco, celebra no fim-de-semana a festa de S. Sebastião, oferecendo ao santo os tradicionais cascoréis.

Este bolo, semelhante a uma filhó, é confeccionado por mulheres da aldeia e transportado para a capela empilhado em cestinhos de verga, decorados com toalhas bordadas e flores.

Os tabuleiros vão na cabeça das mulheres, sendo entregues para a bênção, dando corpo a uma tradição que terá sido originada por uma praga de gafanhotos, que depois de uma promessa feita pelo povo foram morrer onde hoje se encontra a capela.

O cortejo está marcado para o meio-dia de sábado.

A preparação dos cascoréis demora cerca de uma semana e envolve um grupo de mulheres da aldeia, que começa a trabalhar todos os dias às 03:00 da madrugada.

Em cada tabuleiro de massa são utilizados 300 ovos, mais de 30 quilos de farinha, três litros de aguardente, outros três de azeite e ainda laranja e sal.

A mistura é feita a força de braços, uma tarefa que exige um grande esforço físico, mas da qual as mulheres não abdicam.

“Com as máquinas não se cumpre a tradição”, justifica Manuela Rodrigues, uma das mulheres que confeccionam os cascoréis.

Lurdes Santos, de 70 anos, é a mais velha do grupo e, tal como várias gerações de mulheres da aldeia, aprenderam a arte dos cascoréis a ver fazer.

Após três horas a levedar, a massa é repartida por pequenas porções, estendida com o rolo e cortada com uma carreta, antes de ser colocada a fritar.

Ao contrário das filhós, os cascoréis não são polvilhados com açúcar.

Depois da bênção de sábado, os cascoréis são distribuídos pela população, que se junta em redor do templo dedicado a S. Sebastião.

A tradição manda também que haja animais e enchidos para leiloar, oferecendo-se pão, vinho e tremoços.

PUB

PUB

PUB

PUB