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Castelo Branco: Alunos de Idanha-a-Nova protestam e defendem continuidade da ESGIN

Mais de uma centena de estudantes da Escola Superior de Gestão (ESGIN) de Idanha-a-Nova, além de autarcas e populares, manifestaram-se hoje junto à sede do Politécnico de Castelo Branco e exigiram a continuidade da escola naquele município.

  • Educação
  • Publicado: 2019-12-02 00:00
  • Por: Diário Digital Castelo Branco/Lusa

Mais de uma centena de estudantes da Escola Superior de Gestão (ESGIN) de Idanha-a-Nova, além de autarcas e populares, manifestaram-se hoje junto à sede do Politécnico de Castelo Branco e exigiram a continuidade da escola naquele município.

"A escola é nossa", "ESGIN é Idanha" e várias palavras de ordem como "conselheiros, amigos, não se deixem iludir, a ESGIN é de Idanha" foram ouvidos à porta de sede do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), proferidas por alunos e ex-alunos da Escola Superior de Gestão (ESGIN), aos quais se juntaram autarcas e populares daquele concelho do distrito de Castelo Branco.

O Conselho Geral do IPCB está hoje reunido para analisar a proposta de reestruturação organizacional que inclui quatro cenários pensados pela direção da instituição e mais dois, um proposto pela Escola Superior de Tecnologia (EST) e outro proposto por um professor da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova.

O presidente da instituição de ensino superior público de Castelo Branco, António Fernandes, afirmou recentemente que a proposta "é muito simples" e passa por quatro novas escolas para o IPCB, abandonando o atual figurino das seis escolas existentes, entre as quais está a ESGIN.

Na base do protesto está o eventual encerramento ou fusão da ESGIN, um cenário que nem os alunos da escola aceitam, nem o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, que quer manter no concelho a ESGIN, com autonomia administrativa, científica e pedagógica e com todas as suas competências atuais.

"Viemos aqui, porque nós, como alunos, estamos bastante tristes com a hipótese da ESGIN mudar para Castelo Branco. Vivemos uma grande tradição em Idanha-a-Nova, somos uma família. É bastante triste a hipótese de virmos para Castelo Branco, porque tudo aquilo que vivemos lá não somos capazes de o viver aqui", afirmou Iris Vieira, da Associação de Estudantes da ESGIN.

A aluna realça ainda que, tendo em conta que Idanha-a-Nova é uma vila pequena, sem os alunos daquele estabelecimento de ensino superior público "é impossível continuar os negócios em Idanha".

Já Filipa Caroça, em representação dos ex-alunos da ESGIN, disse que não os estudantes querem que a escola seja "abatida".

"Idanha tem muito significado para os ex-alunos, porque não queremos que a nossa casa, a ESGIN, porque foi lá que crescemos como seres humanos, como profissionais, não queremos que esta casa feche as portas. Porque é que tem que ser a escola de Idanha abatida? Não queremos que a escola seja abatida", concluiu.

O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, que se juntou à manifestação, explicou que a ESGIN foi para a vila por uma questão de uma estratégia política, que começou com o então primeiro-ministro Cavaco Silva e que depois consolidada por António Guterres.

"Claramente o Governo quis, de uma forma estratégica e política, criar uma escola com autonomia administrativa, científica e pedagógica em Idanha-a-Nova", afirmou.

O autarca sublinhou não entender que, num tempo em que o Governo tem tanta sensibilidade para desenvolver projetos no interior, o IPCB, que foi criado com o objetivo de levar desenvolvimento a um território do interior, seja, ele próprio, a ter uma política de centralismo.

"Não podemos ter dois pesos e duas medidas. Não podemos querer reivindicar ao Governo mais apoios para o interior e depois, aqui, querermos ser centralistas para sediar em Castelo Branco e esvaziar os concelhos à volta", sustenta.

Armindo Jacinto realçou que aquilo que o Conselho Geral do IPCB pode fazer é propor uma extinção ou criação de novas escolas: "Propor. Quem define a estratégia política neste país são os Governos da Nação. Só o Governo é que pode revogar esta decisão”.

Na eventualidade de o Conselho Geral tomar a decisão de retirar a sede da ESGIN de Idanha-a-Nova, o autarca disse que irão falar com o Governo e, caso seja necessário, "ir o Terreiro do Paço fazer uma manifestação".

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