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Opinião 30 de janeiro de 2021

O vírus toca a todos

Por: António da Cunha Duarte Justo

Sim, ele toca a todos, toca com todos e toca em todos.

Ainda hoje é o dia em que reflito nas palavras de um político alemão que em 2019 disse estas palavras incisivas em tempos de pandemia: "provavelmente teremos todos de nos perdoar muito uns aos outros".

Fala-se muito sobre o significado de regulamentos, sobre responsabilidade, justiça e injustiça,  renúncia e solidariedade. 

Formam-se frontes em famílias, amizades separaram-se; as opiniões endurecem de modo a haver violência, mental e física.

Facto é que na incapacidade de se possuir toda a informação não sabemos o que é certo ou errado, porque muito só pode ser julgado em retrospectiva.

Cada um tem de decidir com o melhor dos seus conhecimentos e consciência. Isso não é porém suficiente atendendo aos próprios limites e fraquezas. Muitas vezes, quem mais se afirma e impõe são os mais frouxos de caracter.

Um caminho que nos serviria a todos, são as palavras de Jesus: "Sê misericordioso como o teu pai é misericordioso"( Lucas 6:36).

O perdão é um momento nobre da misericórdia.

Ao referir-me aqui à misericórdia entendo-a como  uma qualidade de carácter pela qual se entra em sintonia com a própria precaridade e com a precaridade dos outros (compaixão). Ao sentir a dor dos outros compreendo melhor a minha e sou levado a solidarizar-me com os pobres, os oprimidos, aqueles que são marginalizados.

É um entrar em ressonância com o todo sem se perder nele! A atitude de compaixão e misericórdia pode conduzir-me a  perceber melhor os meus semelhantes e a ter um coração quente para eles.

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