A revista científica “Foods” publicou o artigo científico “Neuroorganoleptics: Organoleptic Testing Based on Psychophysiological Sensing”, da autoria de João Valente e Veronika Kozlova, docentes da Escola Superior de Saúde Doutor Lopes Dias (ESALD), em Castelo Branco.
Segundo a informação enviada ao Diário Digital Castelo Branco, a publicação surge como resultado do projeto MOBFOOD, cujo objetivo é responder aos desafios relacionados com a promoção de uma indústria alimentar nacional mais competitiva, passando pela promoção de novas estratégias de crescimento baseadas no reforço da capacidade tecnológica, de inovação e de I&D orientadas à obtenção de novos produtos, serviços, processos ou tecnologias, atuando ao longo de toda a cadeia de valor e reforçando a colaboração entre o setor empresarial no setor agroalimentar.
A equipa que integrou este artigo, que incluiu Leonor Godinho do curso de Bioengenharia do Instituto Superior Técnico (IST) , Ana Fred e Hugo Plácido da Silva, do Instituto de Telecomunicações do Instituto Superior Técnico, Cristina Miguel Pintado e Cátia Baptista, do CATAA - Associação Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar de Castelo Branco, e Luís Marques, da BrainAnswer, focou-se na elaboração de um protocolo experimental onde foram recolhidos dados de mais de 60 participantes, repetidos três vezes em intervalos de dias, por forma a encontrar características fisiológicas preditores das respostas dadas pelos participantes numa prova de aceitação de 4 produtos alimentares. As recolhas foram realizadas na sala sensorial do CATAA, com capacidade de realizar 10 provas em simultâneo e cujas cabines estão equipadas com equipamentos que medem sinais fisiológicos dos provadores.
Os resultados permitiram verificar que através do registo de sinais fisiológicos efetuados durantes a prova gustativa é possível medir o grau de aceitação dos produtos alimentares. Este é um passo importante na modernização deste setor, pois através da aplicação de algoritmos de machine learning e inteligência artificial torna-se possível ajudar cada vez mais as empresas a encontrar as melhores combinações de alimentos, que vão ao encontro da aceitação do consumidor. O CATAA reforça, desta forma, o seu conhecimento científico e tecnológico, aumentando a disponibilização de serviços que contribuem para a valorização da produção regional e nacional.
João Valente, docente da ESALD , destaca a ideia da importância do trabalho em rede, da colaboração entre centros de investigação, instituições de ensino superior e empresas para responder aos desafios das regiões de baixa-densidade em sintonia com o poder local, como é o caso da Câmara Municipal de Castelo Branco que, nos últimos anos, o tem vindo a fazer no setor agroalimentar.
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