Os anos de 2019/20 e 2020/21 foram anos de grande complexidade e incerteza, motivados pelo aparecimento da pandemia (Sars-CoV-2 ou COVID-19) em dezembro de 2019 na província de Wuhan (China), que rapidamente se espalhou por todo o mundo.
Face à transmissão acelerada do vírus, os diferentes países, tendo por base as informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), puseram em prática um conjunto de medidas que interferiram de forma muito clara e evidente no funcionamento das instituições e transformaram as rotinas e os estilos de vida das pessoas. As instituições de Ensino Superior enquanto estruturas de convivência social, sofreram um grande impacto com as medidas que foram tomadas, levando à necessidade de uma reorganização profunda no seu funcionamento, com avanços e recuos à medida da expansão ou retrocesso nos níveis de avanço da pandemia. Os dirigentes institucionais, os docentes, o pessoal não docente e os estudantes passaram por momentos de grande ansiedade. Os dirigentes tiveram necessidade de reorganizar todo um sistema que funcionava em regime presencial, e passou repentinamente a funcionar remotamente. Foi necessária uma reorganização de toda a estrutura administrativa para continuar a dar resposta às necessidades, foi necessário um repensar de toda a parte científico-pedagógica, foi necessário passar a governar as instituições a partir de casa, com todos os problemas inerentes a uma situação para a qual ninguém estava preparado. Os docentes tiveram que se adaptar repentinamente a uma nova forma de ensinar, usando para tal, plataformas digitais até então pouco usadas (ensino online de emergência), tiveram que alterar os métodos de ensino-aprendizagem, com acréscimo do número de horas na preparação de aulas em regime virtual, aspetos estes agravados com a organização do espaço apropriado para lecionação das aulas. O pessoal não docente teve de dar respostas às diferentes solicitações em modo de teletrabalho. A vida dos estudantes viu-se completamente transformada. O Centro de Estatística da UNESCO em 2020, informou que em todo o mundo, 1.3 mil milhões de estudantes de todos os níveis de ensino, tiveram que se adaptar a uma nova forma de ensino aprendizagem. Os estudantes do ensino superior, mais do que confinados em casa, passaram muitos deles a ficar confinados nos seus quartos, sem possibilidade de acesso a bibliotecas, salas de estudo, cantinas, serviços administrativos e outros serviços de apoio. As aulas teóricas, teórico-práticas e laboratoriais, ficaram reduzidas ao espaço informático com perdas evidentes nas aprendizagens e uma clara quebra de vínculo com a instituição. De acordo com o relatório "Youth and COVID-19: impacts on jobs, education, rights and mental well-being", 65% dos jovens inquiridos, afirmaram ter aprendido menos devido à transição da sala de aula para as aulas online durante o confinamento. Um dos aspetos mais negativos na vida dos estudantes e que se encontra bem explanado na literatura, foi sem sombra de dúvidas a interrupção dos estágios em instituições, com impacto direto na sua vida profissional futura. Os aspetos relatados anteriormente trouxeram para as instituições de Ensino Superior um conjunto de incertezas, preocupações e receios: Será que as condições económicas das famílias têm impacto na continuidade da frequência dos cursos por parte dos estudantes do ensino superior? Será que o retorno às atividades presenciais faz com que os estudantes do ensino superior se retraiam e suspendam a frequência dos seus cursos? Será que os problemas relacionados com a pandemia podem interferir na procura de cursos nas instituições do ensino superior através do concurso nacional de acesso e concursos especiais? Nos resultados da Escola Superior de Educação (ESE) de Castelo Branco para o ano letivo de 2021/22 estas dúvidas, preocupações e receios, tiveram uma resposta muito positiva. A instituição aumentou o nº de estudantes a frequentar os seus diferentes cursos (estão matriculados na ESE mais de 800 Estudantes em 2021/22), obteve o melhor resultado dos últimos anos relativamente à entrada de estudantes do 1º ano 1ª vez através dos concursos nacionais de acesso e concursos especiais, prevê-se o preenchimento total das vagas dos 2 cursos de CTeSP propostos pela escola e pelo segundo ano consecutivo preencheram-se as vagas relativas a titulares dos cursos de dupla certificação de nível secundário e cursos artísticos especializados. Os resultados alcançados são motivo de grande satisfação, e só foram possíveis, pelo apoio da Presidência do Instituto Politécnico de Castelo Branco, mas acima de tudo, pela excelente estrutura da escola, o bom funcionamento dos seus órgãos e qualidade das pessoas que dela fazem parte.
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