O evento onde foi possível a quem esteve presente atestar o Estado da Nação em matéria de transportes e mobilidade em territórios de baixa densidade.
Muito se ouviu e debateu acerca dos temas como o ordenamento do território, a integração dos diferentes modos de transporte, a acessibilidade em áreas de baixa densidade, as infraestruturas flexíveis, o financiamento sustentável, e a promoção da investigação e inovação.
Na verdade várias situações foram constatadas. O litoral é claramente beneficiado através da fórmula atual de financiamento público de transportes, fruto do fluxo população que detém.
Mas, nem tudo o que luz é ouro nesta matéria. Constate-se, que da necessidade de aproveitar fundos europeus que iriam ser devolvidos o contrato de financiamento para ciclovia intermunicipal, assinado em 2021 pelos Municípios do Fundão e da Covilhã, que nunca chegou a ser implementado na totalidade.
Constate-se o recente plano de mobilidade para a Cidade da Covilhã que se encontra a anos luz de ser uma realidade no seu todo, sobretudo num território onde, apesar da orografia, se adquirem trotinetes e bicicletas que dificilmente serão utilizadas por um grande número de cidadãos que não sejam estudantes ou professores, num território por si, também, envelhecido e incapaz de utilizar os equipamentos disponibilizados.
Existe de facto um potencial em determinados eixos no Interior que só com investimento é financiamento podem ser uma realidade.
Existem boas soluções, como o metro de superfície, cujo sucesso dependerá de variáveis é concretizações a longo prazo, mas, que ainda assim, está longe de resolver os problemas primários das populações, uma vez que não conseguem movimentar-se entre a sua freguesia e a cidade com um transporte regular várias vezes ao dia para poder "apanhar" o metro de superfície, que terá que competir a preços muitos reduzidos com a comodidade da população ao viajar em veículo próprio.
Já nas aldeias e freguesias mais distantes, coroadas pelo despovoamento, os sistemas de transporte passarão certamente por soluções à medida, permitindo, para já o acesso da população aos cuidados primários e aos serviços centralizados na cidade.
Também, não será uma boa aposta fazer depender os transportes interurbanos de instituições intermunicipais onde os municípios se degladiam pela corrida ao financiamento, deixando para trás a resolução dos problemas comuns.
Sem uma oferta robusta, capaz de satisfazer os potenciais utentes, que hoje utilizam o seu automóvel por falta de alternativas viáveis, dificilmente será implementada qualquer mudança no sistema de mobilidade das cidades do Interior.
E nesta matéria, utilizar de forma danosa e impiedosa os dinheiros públicos, não é certamente o caminho.
O futuro carece de políticas e estudos fiáveis ao invés da máquina de propaganda socialista que assiste o nosso país.
O PRR não seria melhor utilizado se reduzisse verdadeiramente assimetrias?
A Sra Ministra prometeu uma vez mais. Será uma promessa em saco roto ou um engodo como o das portagens que tanto custam ao Interior? Se deputados eleitos pelo Interior e ministros não conseguem valer a sua palavra, quem conseguirá?
Portugal e sobretudo o Interior merece mais e melhor! Seremos capazes de o fazer? Não conseguem valer a sua palavra, quem conseguirá? Portugal e sobretudo o Interior merece mais e melhor! Seremos capazes de o fazer?
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