O novo espetáculo da Associação de Teatro e Outras Artes - ASTA estreia já na próxima semana na Covilhã. O Teatro Municipal da Covilhã acolhe nos dias 27, 28 e 29 de Fevereiro, às 21:30 horas, a última produção da ASTA, uma cocriação com a bruxa Teatro, de Évora.
As duas companhias de teatro profissional, juntaram-se para criar O Esplendor do Caos, a partir da obra homónima de Eduardo Lourenço. Os bilhetes podem ser adquiridos no Teatro Municipal da Covilhã ou na Ticketline.
“O que há de novo no mundo contemporâneo não é a persistência da fome, da doença, a exclusão de milhões de homens de um mínimo de dignidade, mas sim, a constatação de que esses fenómenos coexistem como espectáculo, de uma civilização dotada de todos os meios e poderes, para os abolir”. Eduardo Lourenço in ‘Esplendor do Caos (1999)’
No dia 28, às 11h da manhã, no Auditório da Biblioteca da UNIVERSIDADE DA Beira Interior, a ASTA e o Departamento de Letras da UBI, organizam mais uma edição das Jornadas de Literatura e Artes Performativas – 1º Ato, do (Sub)texto ao Palco, dedicadas a Eduardo Lourenço e à obra O Esplendor do Caos, que dá também nome ao espetáculo da ASTA. Nesta sessão intervém André Barata, Presidente da Faculdade de Artes e Letras e Marco Ferreira, encenador do espetáculo. A entrada é livre.
SINOPSE
A humanidade está mergulhada num caos. O mundo chegou a um ponto onde o horror se tornou invisível. Incorporamos o inferno no quotidiano do que poderá vir a ser o mais atroz de todos os séculos, sem pânico, porque o hedonismo permanente em que vivemos, embora seja puramente decorativo e fantasmagórico, acaba por ocultar o caos.
Ao longo dos tempos, a ordem tem transformado o caos em cosmos, permitindo os vários ciclos da vida universal. Do nada se faz nova luz. Mas o que é o nada? É só a não-luz de uma luz que não teve começo nem fim ou aquilo onde tão festivamente estamos. Podemos discutir se a desordem em que estamos mergulhados desde a economia até à ética releva ou não do conceito de caos. Do que não há dúvidas é de que o habitamos como se fosse o próprio esplendor.
Eduardo Lourenço (1923-2020) é um dos grandes vultos da cultura portuguesa contemporânea. Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, foi um dos pensadores mais proeminentes do séc. XX e XXI do nosso país.
“O Esplendor do Caos”, obra singular escrita nos anos 90 do século passado, é o mote para um espetáculo vibrante, fragmentado, onde se cruzam linguagens, temas, reflexões e imaginações, que nos conduzem por um labirinto surpreendente em torno da pergunta “Que caos é este que habitamos?” Talvez não encontremos resposta para esta questão, mas vamos com certeza levantar outras perguntas. Ou não. E não faz mal.
Ficha Artística e Técnica
Cocriação_ a bruxa TEATRO e ASTA Teatro
Dramaturgia e Direção _ Marco Ferreira
Texto_ A partir de O Esplendor do Caos de Eduardo Lourenço
Interpretação_ Carmo Teixeira, Danilsa Gonçalves, Elsa Pinho
Assistência de dramaturgia e de direção_ Bárbara Soares
Desenho de luz_ Pedro Fonseca, colectivo ac
Operação Técnica_ Duarte Banza
Vídeo_ Paulo Santos
Fotografia_ Luís Cutileiro
Cartaz_ Pedro Velho
Comunicação_ Helena Ribeiro, Inês Palma, Vanda Rufo
Produção_ Rui Pires, Vanda Rufo
Classificação_ M/14
Coprodução_ Câmara Municipal da Covilhã, Câmara Municipal de Évora
Apoio_ IPDJ, IEFP, Diana FM, Antena 2, Casas da Mouraria
Estruturas Pertencentes da_
DESCAMPADO – companhias, espaços & territórios
Estruturas Financiadas por_
República Portuguesa | Direção Geral das Artes
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