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Câmara da Covilhã aprova contas com passivo de 39,2 milhões de euros

A Câmara Municipal da Covilhã terminou o ano de 2023 com um resultado líquido negativo de 1,7 milhões de euros e um passivo de 39,2 milhões de euros, um “aumento circunstancial” de 809 mil euros.

  • Economia
  • Publicado: 2024-03-28 23:06
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

O presidente do município, Vítor Pereira, justificou esta quinta-feira, 28 de Março, o aumento do passivo com a redução de impostos, o aumento dos apoios às freguesias e às associações, e vincou que os indicadores mostram que o município está “no caminho certo”, enquanto a oposição acusou a maioria de incompetência e de empurrar obras para o ano de eleições.

“Estamos melhor, consolidámos o caminho e temos margem para continuar”, salientou Vítor Pereira, após a sessão extraordinária do executivo, realizada à porta fechada, na qual foi aprovado o Relatório de Gestão e Atividades de 2023, que contou com os votos contra da oposição.

Segundo o autarca socialista, só os valores de que o município abdicou para reduzir o IMI e isentar as empresas com sede no concelho do pagamento da Derrama representam 1,3 milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas, Vítor Pereira destacou a redução do valor da dívida, de 26,7 para 26,3 milhões de euros.

O presidente da Câmara da Covilhã salientou que o crescimento do passivo em 809 mil euros, depois da redução de 3,6 milhões de euros em 2022, está relacionado com o aumento dos juros associados aos empréstimos.

O edil acrescentou que “uma câmara não é uma empresa, não visa o lucro, serve para satisfazer necessidades” da população.

“São contas que mostram uma situação financeira melhor, porque reduzimos a dívida, aumentámos o volume de obra, praticamente duplicámos o valor do investimento, continuámos a executar a receita e a ter bons resultados, apesar de termos reduzido os impostos, e porque aumentámos os apoios às juntas, às famílias, às instituições e aos alunos”, reforçou Vítor Pereira.

O eleito da coligação CDS/PSD/IL Pedro Farromba apontou para o que considerou ser a reduzida taxa de execução do Plano Plurianual de Investimentos, de 35%, para lamentar que a maioria socialista não tenha “resolvido os problemas das pessoas”.

“A gestão do PS na Câmara da Covilhã executou um terço daquilo que disse que ia fazer”, censurou o vereador da oposição.

“Percebemos que esta câmara não tem capacidade para resolver os problemas das pessoas, ressaltando aqui o grau de incompetência desta gestão municipal”, acrescentou.

Pedro Farromba acusou a maioria socialista de achar “que os covilhanenses estão de olhos fechados e que não entendem o que está a acontecer”, referindo-se ao “empurrar para a frente a realização das obras” por motivos eleitoralistas.

Segundo o vereador da oposição, a justificação dos concursos desertos são “desculpas”, defendendo que, sabendo-se à partida que as obras encareceram, não se devem lançar os procedimentos pelo valor base.

Vítor Pereira retorquiu que os concursos são lançados “pelo preço que é considerado razoável”, não compete ao município “interferir no mercado” e essa é “uma variável” que a autarquia não domina.

O presidente destacou, por sua vez, a taxa de execução global orçamentada, de 92%, que corresponde a 55 milhões de euros.

A oposição lamentou que as contas das empresas municipais não tenham sido apresentadas e que a sua gestão “continue à rédea solta”.

O presidente da autarquia garantiu que “ninguém quer esconder nada” e que as contas das empresas da esfera municipal “não podem ser publicadas de imediato”.

Vítor Pereira frisou ainda existirem dois indicadores “muito elucidativos do bom estado de saúde” das contas do município, mencionando “a capacidade de endividamento, que aumentou, e o equilíbrio orçamental” atingido.

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