A Diocese de Portalegre-Castelo Branco iniciou a 21 deste mês de Agosto a celebração dos 475 de criação, afirmando que é necessário ser criativo para evangelizar num tempo em que tudo está em “em processo de mudança”.
“A mudança estará sempre em curso, é no meio dela que temos de saber viver, que temos de saber ler os sinais dos tempos, que temos de evangelizar”, afirma o bispo diocesano, D. Antonino Dias, na edição do primeiro número da “Palavra que Une”.
Segundo a revista Ecclesia, a “Palavra que Une” é uma publicação semanal que, até ao fim do ano civil, vai divulgar informação histórica e de cultura geral para ajudar à vivência do domingo, onde o bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, D. Antonino Dias, assina em cada número a secção “Numa palavra” e o restante conteúdo é da responsabilidade, em cada semana, dos vários membros do Conselho Presbiteral.
“Há 475 anos que somos diocese! Imaginamos a alegria dessa primeira hora com a publicação da Bula do Papa que delimitou o seu território, com a nomeação do seu primeiro Bispo e com a escolha duma igreja que lhe servisse de sede até à construção da catedral. Não acreditamos que tudo fosse um mar de rosas. Sabemos, porém, que a história diocesana foi-se fazendo, inclusive com o alargamento do seu território devido à reestruturação das Dioceses em Portugal. E aqui estamos”, afirma D. Antonino Dias.
No primeiro texto da secção “Numa Palavra”, o bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco lembra que “muita coisa mudou, outras mudanças continuam em curso acelerado” e o futuro interpela e depende da maneira como se enfrenta “profeticamente o presente”.
A maneira de ser e estar mudaram, os interesses juvenis e as solicitações quotidianas mudaram, a família atravessa uma grande crise de identidade, a escola e o seu papel no campo do ensino e da educação mudaram, nós mudamos, as prioridades existenciais são outras, outros são os centros de interesse, tudo muda porque o mundo muda”, afirma.
D. Antonino Dias sustenta que “se tudo mudou ou está em processo de mudança, seria muito estranho e inútil que alguém firmasse os pés no chão a dizer que daqui não saio daqui ninguém me tira, querendo travar a mudança”, e desafia à evangelização a partir da leitura da mudança que está em curso.
Na primeira publicação realizada no âmbito do jubileu da diocese, o cónego Bonifácio Bernardo divulga informação sobre a história da Igreja Católica no território, lembrando que o bispado de Portalegre foi criado pelo Papa Paulo III, no dia 21 de Agosto de 1549, sendo o primeiro bispo D. Julia?o de Alva (1550-1560), e passou a designar-se Portalegre-Castelo Branco em 1957, após a integração da quase totalidade das paróquias de Castelo Branco, que teve apenas três bispos, entre 1771- 1881.
A Diocese de Portalegre-Castelo Branco tem atualmente 161 paróquias, distribuídas por cinco regiões (arciprestado de Abrantes 33 paróquias, de Castelo Branco 44, Ponte de Sor 27, Portalegre 22 e Sertã 35), 62 padres, 13 diáconos permanentes e centenas de ministros extraordinários da Comunhão, da Celebração Dominical e das Exéquias), e de Catequistas; o trabalho na região é também desenvolvido por religiosas de 13 institutos de Vida Consagrada e três institutos seculares, por associações, movimentos de leigos e por 39 misericórdias.
Nos próximos dois meses, as paróquias dos vários arciprestados vão assinalar a celebração do jubileu com uma peregrinação à Porta Santa: no dia 15 de setembro o arciprestado de Portalegre, dia 22 o de Castelo Branco e 29 o da Sertã; em outubro, o arciprestado de Ponte de Sor peregrina no dia 6 e o de Abrantes no dia 20.
O Jubileu da Diocese de Portalegre-Castelo Branco é assinalado também com a exposição “Um novo bispado – 475 anos”, inaugurada na catedral de Portalegre no dia 21 de agosto, que se desenvolve em cinco núcleos: “Um novo bispado”, “O Governo – Os Bispos”, “O Governo – O Cabido”, “A Catedral” e “O Culto”.
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