Idanha-a-nova: São Miguel de Acha assinala 500 anos do nascimento de Camões

No âmbito do II Encontro de Poesia e Contos de São Miguel d’Acha, uma iniciativa da ADEPAC (Associação de Defesa do Património Cultural de São Miguel de Acha), o poeta Gonçalo Salvado vai organizar um recital dedicado a Luís Vaz de Camões em celebração dos 500 anos do seu nascimento, com o título “Fogo que arde sem se ver – Amor e fogo na lírica de Luís de Camões seguido de Poemas de homenagem a Camões”. 

  • Cultura
  • Publicado: 2024-10-30 23:09
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

Durante o recital serão lidos poemas pertencentes ao corpus lírico amoroso camoniano com referência ao elemento fogo de forte ressonância na poesia do expoente maior do lirismo nacional e uma seleção dos mais belos poemas dedicados a Camões escritos em língua portuguesa e por autores estrangeiros. Colaboram no recital Carina Anselmo, Trindade Antunes, Antonieta Salgueiro, Fátima Torrado e Fábio Superbi. 

De referir que esta é quinta vez que o organizador do recital e poeta e com o exclusivo tema do amor e do erotismo, para quem Camões é uma referência e uma inspiração fundamentais, o homenageia ao longo do seu percurso de poeta. 

Gonçalo Salvado é autor da transcriação/antologia: Camões Amor Somente, publicada em Salamanca, Espanha, em 2000. A sua apresentação, realizada na Embaixada de Espanha, em Lisboa, contou com palavras entusiásticas do então Embaixador D. José Rodríguez-Spiteri Palazuelo.

Este livro representa uma tentativa de construção de um Cântico dos Cânticos, tema central da sua obra e referência maior e mais ancestral do lirismo mundial e de uma Arte de Amar em língua portuguesa a partir de fragmentos da lírica, da épica e da dramaturgia camonianas. O autor pretendeu reconstituir, por outro lado, a atmosfera do Parnaso de Luís de Camões, obra perdida por este perdida em Moçambique que, segundo Diogo do Couto, lhe terá sido furtada e que reuniria a sua poesia lírica.

Gonçalo Salvado é igualmente autor das antologias:  Nigra Sum – A Mulher Negra na Poesia de Amor Lusófona do século XVI ao século XXI, Homenagem à Sulamite do Cântico dos Cânticos e à Bárbara escrava de Camões (2020) e Com Vinho e Rosas – O amor, o vinho e as rosas na poesia de Luís Vaz de Camões – Homenagem aos 450 anos da Ilha dos Amores (2022). O lançamento desta última antologia decorreu na livraria Sá da Costa, em Lisboa, e foi acompanhado por uma exposição bibliográfica e iconográfica dedicada a Camões. 

Por outro lado, o último livro de poesia publicado por Gonçalo Salvado Quando a Luz do teu Corpo me Cega (2024), ilustrado com desenhos originais de Álvaro Siza Vieira e com um ensaio de abertura de Maria João Fernandes é acompanhado por uma edição especial em braille intitulada Luminea que reúne poemas do autor com o tema da luz no contexto amoroso. Este livro pretende representar uma homenagem a Luís Vaz de Camões, por ocasião dos 500 anos do seu nascimento, a partir do verso, retirado dos Lusíadas: “Que é grande dos amantes a cegueira” uma das epígrafes que abre o livro Quando a Luz do Teu Corpo me Cega.

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