Corria o ano de 2009 quando um grupo de amigos, entusiasmados pelas suas atividades motociclísticas noutras paragens e com vontade de reativar o associativismo das duas rodas no Fundão, decidiram criar um grupo.
Após longas e muito bem regadas conversações, eis que o nome primeiramente aventado pelo Miguel Quintela, e que tinha sido logo desconsiderado, começa a soar bem…começa a cair no goto… Nascem Os Trinca Cereja.
Desta associação, com cerca de 10 elementos, resultou a formação e legalização do Grupo Motard Os Trinca Cereja, em 8 de Junho de 2011, sendo praticamente todos possuidores de motos ou motorizadas e com sede, inicialmente, no Alcaide, cedo o GMTC se dedicou a dignificar e promover as duas rodas nas suas várias vertentes.
Ano de 2016, entra uma nova direção, com novo alento e nova estratégia, o GMTC, assume várias participações cívicas em questões fundamentais da sociedade fundanense, colaborações com outras associações, projetos de interesse comum que o vão afirmando no panorama do associativismo regional, começa-se a sonhar mais alto.
Finais de 2017 Os Trinca Cereja são convidados a integrar a organização de um dos maiores eventos motociclísticos nacionais, a “Bênção dos Capacetes”. A 3 de fevereiro reúnem-se pela primeira vez, na sede social do Grupo Motard São Rafael, os representantes das associações motociclísticas convidadas para organizar a edição 2018 com o mentor do evento, Carlos Pereira, o nosso “Matulão”.
O Grupo Motard Falcões do Ribatejo, a Associação Motard Raposas Sem Eira, o Motoclube Feminino, o Grupo Motard Montanelas, o Mototurismo do Centro, a LAM – Liga dos amigos das Motas o Grupo Motard São Rafael e o Grupo Motard Os Trinca Cereja, organizam em setembro de 2018 aquela que passará para a história como a “Bênção dos Capacetes” mais participada até à data, com números oficiais da própria Reitoria do Santuário de Fátima a colocarem a fasquia nos 150.000 motociclistas presentes, só no recinto de oração.
02 de dezembro de 2018, após um ano de muito trabalho, noites mal dormidas e com a ajuda de muitos membros e amigos, a nova sede d’Os Trinca Cereja é inaugurada com pompa e circunstância. Uma decisão, com tanto de arriscada como de corajosa, leva o Clube para o coração da zona histórica da cidade, na rua da Cale. Finalmente os membros têm um local com todas as condições onde se reunir e onde confraternizar.
09 de janeiro 2019, ano de viragem de página na história do Clube, aos 10 anos é altura de elevar a fasquia. É em reunião magna que os sócios decidem alterar a designação de Grupo Motard para Moto Clube Os Trinca Cereja e fazem, também, o velhinho bebé, de fralda de cereja montado numa XV 535, crescer… nasce assim o novo símbolo e dorsal do MCTC, um motociclista maduro numa vintage R29 a acelerar, envolvido pela nova designação dentro de um aro vermelho.
31 de maio 2023, mais um salto de gigante para este Clube, é assinada a escritura de compra e venda do local onde se irá inaugurar a nova sede social do Moto Clube, Os Trinca Cereja passam a ter "casa" própria. Com inauguração prevista para o final de 2024, o Moto Clube contará com uma sede capaz de continuar a receber os cerca de 300 associados e todos os amigos que os visitam no Fundão.
Celebra-se em 2024 o 15º Aniversário do Moto Clube Os Trinca Cereja, sempre promovendo o amor pelas motas, mas também o companheirismo e a amizade transversal em todos os campos da vida dos seus membros, centrado na sua raiz e núcleo fulcral das duas rodas, o MCTC procura desenvolver projetos de cariz social e assistencialismo e projetos de novas tecnologias aplicadas ao moto turismo. Conta quatro eventos anuais calendarizados, o Aniversário, a Rota da Cereja, a Concentração e a, cada vez mais concorrida e gastronómica, Rota dos Míscaros.
Para além da Concentração anual, que na sua edição de 2024 reuniu cerca de 3 mil participantes durante os três dias de duração, com muita animação, concertos e acrobacias em duas rodas, um dos eventos que mais se destaca é o dos Pais Natal Motard, onde todos anos se realiza um passeio motociclistico seguido de almoço solidário cujos lucros revertem na totalidade para instituições de solidariedade social da zona. É, também, efectuada uma recolha de bens alimentares, roupas e principalmente brinquedos que durante o cortejo de Pais Natal em duas rodas são distribuídos a crianças carenciadas ou institucionalizadas.
«Tenho certeza que as motos não são católicas. Isso porque não podem ser explicadas em sua totalidade nem pelas leis do Paraíso nem pelas penúrias do Inferno. Não são nem só boas nem só más. Motos estão mais para o Panteão Grego, com toda aquela mistura de caos e ordem, perfeição e mesquinharia, drama e comédia. Afinal, as motos trazem consigo acidentes, inclusão social, poluição, trabalho digno, desperdício, aventura, congestionamentos, lazer, dívidas e, o que eu mais gosto, as motos trazem consigo uma transgressão renovadora. As motos representam a vida exatamente como ela é: perigosa, inesperada, caótica, linda, libertadora e surpreendente.»
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