Castelo Branco: Fórum Ibero-americano reforçou laços e parcerias estratégicas entre Cidades Criativas

Quatro países, dezasseis Cidades Criativas, mais de trinta oradores de renome e mais de duzentos participantes: o II Fórum Iberoamericano de Cidades Criativas, realizado entre os dias 28 e 31 de outubro em Castelo Branco, fortaleceu a cooperação e a troca de conhecimentos entre todos os presentes.

  • Cultura
  • Publicado: 2024-11-05 09:05
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

Durante quatro dias, o evento promoveu uma autêntica partilha de culturas e experiências, com o objetivo comum de elevar a Rede de Cidades Criativas da UNESCO a um reconhecimento cada vez mais significativo.

O Fórum decorreu no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco e contou com a presença de mais de 30 especialistas de renome na área das Cidades Criativas, que partilharam as suas experiências e as melhores práticas. Da Rede Mundial de Cidades Criativas da UNESCO fazem parte 10 cidades portuguesas, como Óbidos, Idanha-a-Nova, Caldas da Rainha e Leiria, que marcaram presença neste evento em representação das respetivas áreas em que estão inseridas.

As cidades que integram a Rede comprometem-se a partilhar experiências, conhecimentos e boas práticas, e a desenvolver parcerias que envolvam setores públicos e privados, associações, comunidade civil, bem como organizações e instituições culturais. Esta rede abrange sete áreas distintas: Artesanato e Artes Populares, Design, Cinema, Gastronomia, Literatura, Media Artes e Música.

Ana Carla Reis, reconhecida Especialista Mundial em Cidades Criativas, destacou a importância de três pilares fundamentais para se alcançar o estatuto de cidade criativa: “o eixo da inovação, com a busca constante por soluções para superar desafios; o eixo das conexões, que envolve a colaboração entre o setor público, o privado e a sociedade civil; e, finalmente, o eixo da cultura, que inclui tanto as expressões artísticas quanto o espírito próprio da cidade. As cidades precisam de se reinventar continuamente, o que constitui o maior desafio e objetivo principal”.

Nesta edição, o país convidado foi o Chile. Teresa Díaz, Diretora Executiva da Rede Nacional de Territórios Criativos do Chile, partilhou uma visão abrangente sobre o passado, presente e futuro da rede de Cidades Criativas chilenas. O evento contou com representantes de cidades como Chillán, Frutillar, Valparaíso, Concepción e Los Ríos.

Hélder Henriques, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, destacou a importância do bordado de Castelo Branco como argumento central na candidatura à UNESCO, mas sublinhou a necessidade de ir além: “Temos de envolver todas as artes e artesãos, criando um projeto que seja coletivo e pertença à comunidade. Ser uma Cidade Criativa implica grandes responsabilidades, como a preservação e valorização da tradição”

O último dia do evento foi dedicado à Mostra Criativa de Artesanato e Artes Populares Iberoamericana, realizada no Mercado Municipal, onde cerca de 20 artesãos apresentaram as suas obras e técnicas a todos os visitantes. Estiveram representadas várias formas de arte, incluindo pintura, cestaria, bordado, marcenaria, renda, fabrico de chapéus de palha, música e desenho.

Na sessão de encerramento, o Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, fez um balanço positivo dos quatro dias, sublinhando que foram intensos e produtivos. Destacou ainda as novas parcerias estabelecidas entre as cidades participantes, reforçando que estas iniciativas permitirão ao Fórum continuar a gerar impacto nos próximos anos.

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