A Cooperativa Pinacoteca e a Associação Raia Gerações organizaram uma palestra no dia 10 de Novembro de 2024, na sede da Associação Desportiva, Cultural e Recreativa (ADCR) de Caféde, com o apoio desta colectividade da aldeia de Caféde, palestra subordinada ao tema “A História do Seminário Menor do Gavião”, o orador convidado foi o alcainense, professor, cronista, investigador, teólogo e historiador Florentino Vicente Beirão.
Além do público presente neste evento na ADCR de Caféde, esteve o Presidente da Cooperativa Pinacoteca, José Barata de Castilho (Professor Universitário, Grande Oficial da Instrução Pública, pintor e escritor) e o representante da Associação Raia Gerações, Luís Duque-Vieira. Por parte da Direcção da ADCR de Caféde, estiveram presentes a Clementina Prata e a Cecília Rodrigues.
O seminário Menor do Gavião funcionou de 1920 a 1975, apanhou o rescaldo da I Guerra Mundial (1914-1918), os últimos anos da I República (1910-1926), a II República (1926-1974) e o início da III República (1974), esta situação respeitante ao território nacional.
João José Álvares de Moura, um sacerdote católico de Mação, cede a Casa Paroquial para o funcionamento provisório de um Seminário em 1919. Nestes tempos conturbados havia escassez de Seminários, aliás a Diocese de Portalegre (depois de 1956, passou a denominar-se Diocese de Portalegre – Castelo Branco), devido à acção da I República pelo político Afonso Costa, que era acabar com os edifícios religiosos e com a religião Católica. Graças ao esforço do Bispo de Portalegre, Dom Manuel da Conceição Santos e à ilustre família Pequito Rebelo, do Gavião, que cedeu o seu Solar para ser um Seminário Menor da Diocese de Portalegre, pôde continuar arranjar residência / escola para os seminaristas com o objectivo de formar novos padres. A família Pequito Rebelo deixou de viver no seu solar desde 1911, ano em que foi assassinado o pai de José Adriano Pequito Rebelo (um Monárquico tradicionalista, defensor do integralismo lusitano e um dos apoiantes da instalação da Monarquia do Norte de 1919), o Conselheiro José Caetano Rebelo.
No final da I República e durante a II República, os Seminários religiosos eram procurados por alunos, cujos pais tinham fracos recursos económicos, que eram crianças aplicadas e inteligentes. Também famílias com recursos económicos e mesmo famílias abastadas, cujos filhos teriam vocação para o sacerdócio, seguiam igualmente os seus estudos nos Seminários.
No final da palestra ouviu-se o testemunho de José Geada Sousa, um dos seminaristas que entrou no Seminário do Gavião com 12 anos juntamente com o orador Florentino Vicente Beirão. No ano de 1955 entraram estes dois jovens com outro seu conterrâneo de Alcains, ou seja, entraram três alcainenses no Seminário do Gavião em meados dos anos 50 do Século XX.
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