A Cooperativa Pinacoteca e a Associação Raia Gerações organizaram uma palestra no edifício da Junta de Freguesia de Freixial do Campo, subordinada ao tema “Como era o Freixial do Campo há 200 anos atrás” no domingo passado, 17 de Novembro.
O orador convidado foi o vicentino, investigador, escritor, professor e historiador José Teodoro Prata, o evento teve o apoio da União de Freguesias de Freixial do Campo e Juncal do Campo.
Na Mesa esteve o orador, a Presidente da União de Freguesias de Freixial do Campo e Juncal do Campo, Ernestina Perquilhas e o representante da Cooperativa Pinacoteca e Associação Raia Gerações, Luís Duque-Vieira.
José Teodoro Prata, além do Freixial do Campo, também se referiu à aldeia do Barbaído (anexa da Autarquia de Freixial do Campo e Juncal do Campo). Duas aldeias referidas no Antigo Regime (Século XVII, XVIII e parte do Século XIX).
Antes da formação da Nacionalidade no Século XII, povoações ocupadas pelos árabes muçulmanos era tolerantes perante os cristãos moçárabes, que deixavam praticar o seu culto, esses cristãos veneravam os Santos Mártires.
A antiga Junta de Freguesia (Junta Paroquial) de Freixial do Campo pertenceu ao antigo Concelho de São Vicente da Beira (criado em 1195). O Concelho (área administrativa no Antigo Regime, correspondente a uma Junta de Freguesias) era composto pelo Freixial do Campo, Barbaído e Casal do Lopio.
Em 1629, os moradores do Concelho administrativo de Freixial do Campo, Barbaído e Casal do Lopio pagavam um imposto às Religiosas Franciscanas (imposto político-administrativo).
No Concelho a justiça era exercida por um Juiz de Fora (representante do Rei), Juiz Ordinário (na sede de Concelho) e Juiz Pedâneo (no caso do Freixial do Campo havia 3 juízes pedâneos e 3 procuradores eleitos pelo povo. No caso do Barbaído tinha um juiz pedâneo nomeado pela Autarquia de São Vicente da Beira).
No Antigo Regime havia várias medidas: alqueire, meio-alqueire, quartil, meio-quartil, arroba…
Vários aldeões possuíam animais: vacas, cabras, ovelhas…O Reino obrigava a que houvesse uma coudelaria em cada Concelho, pois o cavalo era o meio de transporte e também utilizado para fins bélicos.
Foram designados os bens do Morgado do Conde de São Vicente da Beira (1768-1772); a evolução dos fogos e população de Freixial do Campo e Barbaído de 1758 a 2001; as várias profissões existentes nas duas aldeias no Antigo Regime; o estado civil e o número de filhos dos aldeões; donativos aos militares invasores franceses em 1807-1808; donativos às tropas portuguesas 1808; transportes de mantimentos e munições param o exército português e inglês; foi referido os nomes dos ganhões que fizeram os transportes na guerra contra os franceses.
De grande importância foi referido As Memórias Paroquiais de 1758 (3 anos depois do tsunami de Lisboa em 1755); como eram as estradas e os percursos no Século XIX.
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