Os Municípios de Castelo Branco, do Fundão, da Covilhã, de Belmonte e da Guarda assinaram um acordo relativo ao ‘Projeto-Piloto de Mobilidade Integrada da Beira Interior’, que pretende desenvolver um sistema de mobilidade multimoda.
A iniciativa associa vários serviços de transporte, em sintonia com o ordenamento do território, assumindo-se como uma solução inovadora, eficiente e sustentável para a mobilidade de pessoas e bens na região.
O momento solene da assinatura foi realizado na terça-feira, 26 de novembro, no Terminal de Cruzeiros de Lisboa, durante uma conferência organizada pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) para assinalar o Dia Mundial do Transporte Sustentável.
O evento, que reuniu vários oradores em diversos painéis, teve como objetivo promover soluções concretas de mobilidade que minimizem os impactos ambientais, nomeadamente a descarbonização do setor, possibilitando meios de transporte seguros, acessíveis e eficientes.
O Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, participou na Mesa Redonda do Painel ‘Soluções inovadoras, eficientes e sustentáveis para a mobilidade nas regiões de baixa densidade’, que também contou com as intervenções de Ana Paula Vitorino, Presidente da AMT; Paulo Borralhinho, Vice-Presidente do Município de Belmonte; Vítor Pereira, Presidente do Município da Covilhã; e Paulo Fernandes, Presidente do Município do Fundão.
Sérgio Costa, Presidente do Município da Guarda, não marcou presença, tendo participado através de um vídeo, uma vez que a Guarda celebrava, naquele dia, os 825 anos da atribuição do Foral à cidade por Dom Sancho I.
Na sua intervenção, o Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco referiu que o ‘Projeto-Piloto de Mobilidade Integrada da Beira Interior’ é “extraordinário”, pois “aproxima os territórios e agrega a população”, criando “novas oportunidades ao nível do Ensino Superior, da indústria, dos serviços públicos e do turismo”, potencializando a atratividade deste território que “é rico em oferta cultural, gastronómica e de natureza”.
Leopoldo Rodrigues enfatizou a necessidade de se mudar mentalidades e obter um “olhar de equidade”, pensando no país além de Lisboa. Sublinhou a importância de valorizar o território da Beira Interior e entendê-lo como uma oportunidade de negócio a vários níveis, pois é uma região “pujante, que investe, faz inovação e projeta desenvolvimento”. A este propósito, relembrou a “decisão histórica” de se conseguir a instalação do novo Tribunal Central Administrativo na cidade de Castelo Branco.
Falando particularmente do concelho albicastrense, Leopoldo Rodrigues vincou os resultados positivos obtidos com a concessão dos transportes por parte do Município, tendo-se registado “um aumento de 30% na utilização do transporte” neste que é o terceiro maior concelho do país em termos de área.
Destacou, também, o Transporte a Pedido, serviço flexível disponível através de táxis; os custos acessíveis dos passes dos autocarros, quer urbanos quer entre freguesias; a posição estratégica do Aeródromo Municipal, próximo de Espanha e servido pela linha do caminho-de-ferro da Beira Baixa e pela A23; e a ambição de concluir a ligação entre Lisboa e Madrid, com o troço entre Alcains, Termas de Monfortinho e Moraleja.
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