O SEMPRE - Movimento Independente, o Partido Social Democrata (PSD) e o Centro Democrático Social (CDS) - Partido Popular, assinaram esta 2ªfeira, 13 de Janeiro, um acordo de entendimento autárquico para as eleições 2025. Com o mote “SEMPRE por todos”, o documento foi assinado pelo lider do SEMPRE, Luís Correia, pelo Presidente da Distrital do PSD de Castelo Branco, Manuel Frexes e pela Presidente da Distrital do CDS - PP, Sandra Manso.
Sem ser, ainda, anunciado o cabeça de lista da candidatura, na primeira fila esteve presente António Fernandes, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, apontado como o nome a encabeçar a lista à Câmara Municipal, mas ainda não formalizado.
Luís Correia disse que “nos próximos dois meses, senão antes”, será anunciado o candidato e adiantou que vai propor aos parceiros de coligação o nome de António Fernandes.
“É uma pessoa que tem o perfil adequado para liderar uma coligação como esta. Tem prestígio, capacidade, provas dadas”, concordou o presidente da distrital do PSD, adiantando que “cada coisa a seu tempo”, quando questionado quando será anunciado o nome que vai liderar a lista ao município albicastrense.
Luís Correia reitera que esta é uma coligação que “pretende unir e não separar os albicastrenses”, aparece para criar uma alternativa à atual gestão autárquica, que considerou “uma desilusão”, para contrariar um “concelho que esmoreceu” e para mudar, “com outros protagonistas”.
“Tínhamos a consciência que tínhamos de propor uma alternativa aos albicastrenses que fosse mais forte do que nós próprios”, vincou o líder do SEMPRE, para quem “não é o rótulo que interessa, mas a competência para construir listas fortes e ganhadoras”.
O presidente da distrital do PSD, Manuel Frexes, afirmou que o acordo é “um passo histórico na política em Castelo Branco” e “um marco importante na construção de uma nova liderança em Castelo Branco”, não tendo as três forças ficado “a olhar para siglas ou para interesses partidários”.
Frexes frisou que este não é um projeto de um partido, mas de toda a comunidade e que as forças envolvidas souberam trabalhar em conjunto com vista a uma “mudança firme e segura”.
“É o momento de todos os albicastrenses se unirem em torno de um projeto de esperança e transformação”, afirmou Manuel Frexes.
De referir que em Dezembro passado o presidente da concelhia do PSD, Pedro Lopes, anunciou a demissão e acusou as estruturas distrital e nacional do partido de estarem a impor candidatos sem auscultarem a organização local.
Celeste Capelo, uma representante do CDS-PP, referiu que a coligação procura “soluções e respostas” e elevar o potenciar o concelho.“Com esta coligação estamos a passar uma mensagem de esperança para projetar Castelo Branco”, reforçou a centrista.
O acordo desta coligação politica tem como objectivo e surge a pretexto das preocupações que as três forças políticas manifestam sobre a atual estagnação existente no concelho.
O documento assinado visa contrariar a ação do atual executivo camarário socialista que tem evidenciado total incapacidade de concretização, assistindo-se à deterioração das diferentes respostas municipais, com total ausência de um plano de ação assente numa estratégia clara e que tem levado à perda de importância de Castelo Branco no contexto regional.
O acordo pretende combater a postura do Partido Socialista que, nas eleições autárquicas de 2021, prometeu tudo a todos, apenas para ganhar as eleições.
A coligação diz perceber que não havia um desígnio para o Concelho de Castelo Branco, limitando-se a propagandear medidas e objetivos, sem qualquer ligação e que desde logo se percebeu não conseguirem atingir as metas a que se propunham. Tornou-se evidente que não há, da parte do atual Executivo, uma visão realista para o Concelho de Castelo Branco e, não havendo uma visão, também não é possível ter uma estratégia de desenvolvimento.
A ação do Executivo do Partido Socialista, praticamente no fim do terceiro ano do mandato, resume-se à constante afirmação de que “vamos fazer” em vez de “concretizámos”. Assente numa propaganda constante, o atual Executivo distancia-se cada vez mais da realidade onde pouco ou nada acontece.
Promessas não cumpridas ou projetos anunciados que tardam em ser uma realidade para os albicastrenses acontecem ao mesmo tempo que não se otimiza a atração de possíveis fundos comunitários.
Castelo Branco, fruto desta (in)ação tem perdido competitividade territorial, o que tem levado a um sentimento de desgosto e desilusão por parte dos albicastrenses. Castelo Branco não está a progredir, está a regredir.
O SEMPRE, o PSD e o CDS-PP, percebendo a necessidade de mudar esta situação no Concelho de Castelo Branco, decidiram firmar o objetivo de construir uma alternativa forte, assente numa visão de futuro, com ambição e suficientemente mobilizadora que integre outras forças políticas e personalidades da sociedade civil – a bem do Concelho de Castelo Branco.
Consequentemente, o acordo quer debater questões relacionadas com a necessidade de desenvolvimento de uma estratégia política robusta, consentânea com as necessidades dos territórios de baixa densidade, inovadora, atrativa e que, entre outras preocupações, apoie as pessoas, as empresas e procure atrair e reter jovens e talento, adotando políticas sustentáveis que permitam superar os desafios existentes.
Ficou também claro que a apresentação de um novo rumo estratégico, terá de assentar numa mudança pela positiva, que envolva e entusiasme as pessoas e as empresas e que possa romper com a cristalização e marasmo existente atualmente no Concelho, devolvendo a Castelo Branco a centralidade e atratividade merecidas", promete a coligação do “SEMPRE por todos”.
O SEMPRE é liderado por Luís Correia, anterior presidente da Câmara de Castelo Branco, eleito pelo Partido Socialista em 2013 e 2017, do qual se desfiliou em 2021, para avançar com uma candidatura em nome do movimento independente, depois de em 2020 ter perdido o mandato.
O PS preside ao Município albicastrense há 27 anos e é atualmente presidido pelo socialista Leopoldo Rodrigues, partido com três eleitos no executivo, enquanto o SEMPRE tem também três eleitos e o PSD um, a quem o partido retirou a confiança política.
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