Os deputados do Partido Socialista (PS), Nuno Fazenda e Patrícia Caixinha, questionaram os motivos que levaram à decisão de retirada do helicóptero bombardeiro ligeiro do Aeródromo Municipal de Castelo Branco, entre 1 de Novembro e 14 de Maio, o que implicará a redução na capacidade de resposta operacional de combate a incêndios rurais, bem como a reclassificação deste aeródromo de Centro de Meios Aéreos Permanente para um Centro de Meios Aéreos Sazonal
Numa pergunta enviada à ministra da Administração Interna, os deputados do Partido Socialista eleitos pelo círculo de Castelo Branco lamentam que esteja em curso mais um “desinvestimento e uma desvalorização do interior, neste caso na salvaguarda e proteção da Beira Baixa”.
De acordo com o município de Castelo Branco, a retirada do helicóptero bombardeiro ligeiro compromete significativamente a capacidade de resposta a incêndios rurais, especialmente se se considerar a localização estratégica do aeródromo e a sua proximidade à maior mancha florestal do país.
Em nota de imprensa, os deputados socialistas recordam que o município de Castelo Branco é o terceiro maior concelho do país no que se refere à área geográfica, sendo um dos que possui maior área florestal. E acrescentam que o Aeródromo Municipal de Castelo Branco é o maior centro de meios aéreos do país desde 2018.
Mais recentemente, em 2023, o aeródromo foi definido como Centro de Meios Aéreos Ibérico do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, em espaço nacional, contemplando o pré-posicionamento de dois aviões bombardeiros médios, cedidos a Portugal no âmbito do programa da União Europeia RescUE.
Salientado a importância estratégica do Aeródromo Municipal de Castelo Branco para a Proteção Civil e para o combate a incêndios rurais, Nuno Fazenda e Patrícia Caixinha perguntam à ministra da Administração Interna os motivos que fundamentam esta decisão. Questionam ainda se o Governo está disponível para reavaliar esta situação.
Nuno Fazenda considera esta decisão incompreensível. “Queremos conhecer os fundamentos desta decisão e, sobretudo, esperamos que o Governo a reverta. O distrito de Castelo Branco tem sido sistematicamente ignorado pelo Governo em várias áreas, sendo o mais recente exemplo disso a não atribuição de nenhum médico de família para este distrito em 225 vagas, quando há cerca de 28 mil utentes no distrito sem médico atribuído. A falta de resposta ao novo Tribunal Central Administrativo em Castelo Branco aprovado pelo Parlamento na última legislatura ou a inação em relação ao Programa para a revitalização da Serra da Estrela aprovado pelo Governo anterior são outras situações que demonstram a falta de atenção aos problemas do distrito. Vamos estar atentos e não deixaremos de lutar por estas causas e projetos essenciais para a região”.
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