O PSD criticou esta quinta-feira, 27 de Fevereiro, o mandato do presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues (PS), defendendo que não passa de “uma mão cheia de nada”, ao que o socialista respondeu que há mais vida além deste mandato.
O PSD criticou o mandato do presidente da Câmara de Castelo Branco, por inação e promessas falhadas. "O autarca socialista defendeu-se, afirmando que a governação municipal vai além de um mandato", anuncia o Observador citando a Lusa.
“É hoje claro para todos que este seu mandato foi, na verdade, uma mão cheia de nada. Entre promessas vazias, passa culpas e obras de última hora, montou uma estratégia que procurou esconder a inação com a ilusão e propaganda. Creio que chegou o momento de nós desmontarmos essa estratégia”, afirmou o deputado municipal do PSD Miguel Barroso.
O social-democrata falava na reunião desta quinta-feira da Assembleia Municipal de Castelo Branco, salientando que o autarca socialista anunciou durante a campanha eleitoral “um programa ambicioso para a zona histórica” da cidade.
Segundo Miguel Barroso, essa promessa eleitoral incluía para a zona histórica, a revitalização urbana, casas de renda acessível e dinamização económica.
“Prometeu na campanha eleitoral 100 habitações a renda acessível por ano no concelho e 250 famílias na zona histórica. Garantiu que não se resignaria a ver o parque habitacional degradado e abandonado. Pelas minhas contas, já deveríamos ter 300 casas construídas. Quantas construiu no concelho e na zona histórica?”, questionou o social-democrata.
Na perspetiva do deputado municipal do PSD, a zona histórica de Castelo Branco é o “melhor exemplo do fracasso” da governação de Leopoldo Rodrigues.
“Assistimos à assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal de Castelo Branco e o Governo central. Estava previsto instalar o tribunal [Central Administrativo do Centro] num edifício adaptado. Passaram 15 meses e tanto quanto se sabe, ainda não existe projeto de reabilitação do imóvel”, afirmou Miguel Barroso.
O eleito do PSD acusou o autarca socialista de andar praticamente “um ano e meio a dormir”.
“Mas temos sorte. Entramos agora em ano de eleições e o senhor presidente entrou em modo de autárquicas e, quando percebeu que a situação não está famosa, apressou-se a chamar o seu assessor. É o vale tudo para mostrar serviço em ano de eleições. Assistimos ao lançamento desenfreado de obras. Só em ano de eleições é que o senhor presidente começa a aquecer o motor. Como diz o povo, há muita parra e pouca uva”, sustentou.
Em resposta, Leopoldo Rodrigues acusou o deputado municipal do PSD de “não ter experiência de cargos executivos”.
“A sua experiência é vir aqui fazer intervenções que são generalistas e simplistas. É essa a diferença entre aquilo que diz e o que estamos a fazer”, afirmou o autarca socialista.
Leopoldo Rodrigues acusou ainda a oposição de estar “assustada com as obras, com as realizações e com a ambição para o concelho”.
“Há mais vida para além dos quatro anos de mandato. Há mais planeamento, estratégia e intervenção do que esse espaço temporal de um mandato”, sustentou.
Armando Ramalho, do SEMPRE — Movimento Independente, também criticou o executivo camarário pela ausência de uma estratégia para o desenvolvimento do concelho e voltou a afirmar que a construção da Barragem do Barbaído “parece estar adiada”.
A vida de um concelho e a intervenção autárquica “não fica limitada aos quatro anos de um mandato e nós, naturalmente estamos a trabalhar nesse sentido”, voltou a afirmar o presidente da Cãmara.
Subscreva à nossa Newsletter
Mantenha-se atualizado!
© - Diário Digital Castelo Branco. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por: Albinet