A exposição ‘No Espelho da Realidade’, de Antonio Cezar d'Abrunhoza, foi inaugurada no sábado passado, 22 de Março, no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB), e ficará patente até 18 de Maio de 2025.
A coleção apresenta fotografias a preto e branco, pertencentes ao enorme espólio fotográfico de Antonio Cezar d'Abrunhoza (1881-1941), figura incontornável da história da fotografia na Beira Baixa nas primeiras décadas do século XX. O seu espólio significativo, na posse dos herdeiros, atinge cerca de 13 mil negativos.
A exposição no CCCCB contempla 60 fotografias, selecionadas pelo investigador Leonel Azevedo, que retratam o quotidiano e os costumes do Interior de Portugal, capturando, sobretudo, momentos autênticos da vida rural nos anos compreendidos entre 1920 e 1941, como os campesinos no desempenho das atividades agrícolas, grande parte delas exercidas sazonalmente nas herdades de Castelo Branco e de Tinalhas.
Antonio Cezar d'Abrunhoza tinha um enorme gosto pela fotografia, adotando-a como hobby.
Apesar de fotógrafo amador, possuía um estúdio em casa, onde guardava milhares de fotografias em caixas, revelou o seu neto, António Abrunhosa, presente na inauguração.
Apesar de “pessoa discreta”, as suas fotografias constituem “um testemunho relevante do que a cidade foi” e António Abrunhosa mostrou-se muito contente pelo “entusiasmo” revelado pelo Município de Castelo Branco em realizar esta exposição.
Leopoldo Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, esteve presente na inauguração e destacou que se tratam de “fotografias do nosso território, com bastante qualidade, tiradas por um albicastrense, que retratam episódios da nossa sociedade”, acrescentando que “este extraordinário acervo documental é importante para nos recordarmos daquilo que nos carateriza enquanto povo e comunidade”.
O Autarca aproveitou a ocasião para esclarecer que o CCCCB “tem sofrido alguns problemas estruturais, nomeadamente na claraboia”, devido a infiltrações de humidade na estrutura, motivo que tem condicionado a presença de exposições na sala principal.
Porém, a Câmara Municipal procurou encontrar uma solução e já adjudicou a substituição da claraboia e o arranjo do tecto da sala principal. Trata-se de uma “intervenção delicada, pela dimensão e pelo local” e que “carece de condições climatéricas adequadas para que se possa efetuar”.
Leopoldo Rodrigues informou, ainda, que “estamos a organizar outra exposição, que deverá estar patente no início do verão, que é do nosso arquiteto José Manuel Castanheira, que apresentará a sua cenografia”.
Subscreva à nossa Newsletter
Mantenha-se atualizado!
© - Diário Digital Castelo Branco. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por: Albinet