O projeto de teleassistência “Presença”, promovido pela Cáritas Paroquial de Proença-a-Nova, em parceria com a Cáritas Interparoquial de Alvito da Beira, Montes da Senhora e Sobreira Formosa, continuará a ser apoiado pelo Município de Proença-a-Nova.
Esta iniciativa tem como objetivo acompanhar os seus utilizadores 24 horas por dia, através de um equipamento de teleassistência com um botão SOS, ligado a uma Central de Atendimento. Destina-se a pessoas que vivem isoladas no concelho, garantindo um meio rápido de comunicação em caso de necessidade. Atualmente, mais de 20 utentes beneficiam deste serviço, contribuindo para mitigar o isolamento e agilizar pedidos de assistência em situações de emergência.
O apoio municipal traduz-se na atribuição de 10€ mensais por utente, totalizando 3.000,00€ (três mil euros) anuais. Cada equipamento tem um custo mensal de 17€, ficando a cargo da Cáritas a responsabilidade de cobrir os restantes 7€ por utente.
Virgílio Martins, padre da Paróquia de Proença-a-Nova, sublinha a importância do projeto: “Este é o ‘Projeto Presença’ porque é, de facto, uma forma de estarmos presentes. As pessoas têm consigo um aparelho através do qual podem pedir ajuda, seja em caso de queda ou se alguém suspeito se aproximar da sua casa. Assim que acionam o botão, a chamada é reencaminhada para um Call Center certificado, que, consoante a situação, encaminha o pedido para os serviços adequados.”
O pároco destaca ainda que há utentes que, devido a dificuldades financeiras, não conseguem pagar a mensalidade, mesmo com o apoio municipal: “Temos casos de pessoas que não têm recursos suficientes para pagar, e, nesses casos, a própria Cáritas ou a Junta de Freguesia local assumem essa despesa, garantindo que ninguém fique sem o aparelho. Além do Município, as Juntas de Freguesia também contribuem para a aquisição e substituição dos dispositivos. O nosso objetivo é ajudar o maior número possível de pessoas.”
Lucília Farinha, voluntária na Cáritas de Proença-a-Nova, reforça a importância da continuidade do projeto: “Apesar de terem o botão SOS, o que estas pessoas mais precisam é de companhia, de falar com alguém e serem ouvidas. Tentamos proporcionar esse apoio, mas, infelizmente, nem sempre temos voluntários suficientes para realizar visitas regulares. Por vezes, não conseguimos garantir que sejam mensais.”
A voluntária destaca ainda a eficácia do equipamento: “Já tivemos casos em que o botão SOS permitiu salvar vidas, ajudando pessoas que, de outra forma, não teriam conseguido pedir auxílio. Sempre que há uma emergência, encontramos uma solução para prestar apoio.”
Lucília Farinha deixou ainda um alerta aos familiares dos utilizadores do serviço, pedindo atenção às chamadas provenientes de números começados por 300 ou semelhantes: “Muitas pessoas não atendem porque acham que é um número desconhecido, mas, na verdade, pode ser o Call Center a tentar contactar os familiares mais próximos em caso de emergência.” Sublinhou, assim, a importância de garantir que tanto os utentes como os seus cuidadores estejam devidamente informados sobre este procedimento.
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