A 10.ª edição do Trilho Internacional dos Apalaches, que decorreu no passado sábado, 29 de Março, contou com cerca de 120 participantes. O evento organizado pelo Município de Oleiros assinalou uma década de promoção deste percurso, que valoriza o património natural e arqueológico da região.
Com início na freguesia de Estreito-Vilar Barroco, os participantes dividiram-se entre os percursos Estreito-Orvalho (25km), Estreito-Vilar Barroco (12,5km) e Vilar Barroco-Orvalho (12,5km), tendo percorrido locais emblemáticos como o Miradouro do Zebro, o Poço de Fervença, a Cascata da Fraga da Água d'Alta, o bosque-relíquia da Floresta Laurissilva e os Passadiços do Orvalho.
O evento terminou no Miradouro do Mosqueiro, onde foi servido o jantar e teve lugar uma atuação do Grupo de Bombos “Os Cucos” de Vilar Barroco.
A iniciativa contou com a colaboração das Juntas de Freguesia do Estreito-Vilar Barroco e do Orvalho, da Associação dos Bombeiros Voluntários de Oleiros, da Associação Trilhos do Estreito e da Associação “Os Cucos” de Vilar Barroco.
De referir que com uma extensão de 37 quilómetros esta oferta turística é um dos pontos fortes de um destino turístico que se afirma cada vez mais.
Ao longo do percurso é possível contemplar os mais emblemáticos miradouros, como o do Zebro, do Muradal ou do Mosqueiro; a mais concorrida via ferrata da região; 41 vias de escalada sob fósseis marinhos e alguns dos mais interessantes geossítios e geomonumentos do Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO, a maior mancha de azereiro da Península Ibérica, um bosque-relíquia da floresta Laurissilva, poços naturais e "cascatas que choram, uma frescura tranquilizante".
Hoje uma incontornável marca internacional, esta é uma Grandeza Rota localizada na Cordilheira dos Apalaches, na costa leste dos Estados Unidos, estendendo-se por 3538 quilómetros atravessando 14 estados.
É considerado o mais longo e famoso percurso do mundo, sendo percorrido anualmente por mais de três milhões de pessoas.
O trilho internacional estende-se para o Canadá, com mais de 3100 quilómetros e para Portugal, atravessando o oceano Atlântico, até à Serra do Muradal, em Oleiros.
Nesta Grande Rota em solo português pode-se encontrar o mesmo relevo (apalachiano) e os fósseis marinhos da Cordilheira dos Apalaches, remetendo para o tempo em que os continentes americano e europeu estavam unidos no supercontinente Pangeia. O Trilho dos Apalaches é célebre entre os entusiastas da caminhada.
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