Castelo Branco: Palestra “Algumas Mulheres Portuguesas que Fizeram História do séc. XIII ao séc. XXI” destacadas em Caféde

A Cooperativa Pinacoteca e a Associação Raia Gerações promoveram no passado domingo, 06 de Abril, uma palestra proferida por Francisco Abreu e subordinada ao tema “Algumas Mulheres Portuguesas que Fizeram História - do séc. XIII ao séc. XXI”.   

  • Cultura
  • Publicado: 2025-04-10 00:06
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

A Cooperativa Pinacoteca e a Associação Raia Gerações promoveram no passado domingo, 06 de Abril, uma palestra proferida por Francisco Abreu e subordinada ao tema “Algumas Mulheres Portuguesas que Fizeram História - do séc. XIII ao séc. XXI”.                                           

Para além do orador convidado, o penamacorense, professor de Filosofia e investigador na área da Etnologia beirã, Francisco Abreu, estiveram presentes  Luís Duque- Vieira enquanto representante da Associação Raia Gerações e da Cooperativa Pinacoteca, e ainda membros da direcção da Associação Desportiva, Cultural e Recreativa de Caféde, Cecília Rodrigues e Clementina Prata, assim como diversa assistência proveniente de Castelo Branco, Penamacor, Póvoa de Rio de Moinhos e Caféde.

O orador referiu a importância destas iniciativas de carácter cultural, as quais assumem efectivamente uma dimensão cultural, independentemente de  terem elas lugar em Lisboa, em Castelo Branco ou Caféde.

Para além da importância das investigações documentadas e certificadas pelos documentos e arquivos históricos, o palestrante referiu a importância da designada Memória Social, a qual, para além da veracidade histórico-documental, se conserva nas mentes populares, muito para além das confirmações permitidas pelos documentos históricos.

Neste sentido, fez referência à possibilidade de se analisarem os casos histórico-memorialísticos de Dona Teresa de Leão, da mulher de Egas Moniz, Dona Teresa Afonso, e considerada a mãe adoptiva do nosso primeiro Rei, Dom Afonso Henriques; da Padeira de Aljubarrota; da princesa portuguesa e rainha de Inglaterra Dona Catarina de Bragança, considerada como a introdutora do consumo de chá e do uso de talheres na Inglaterra seiscentista, entre outros exemplos.

Como evidente exemplo da memória social, o palestrante referiu o famoso exemplo da Rainha Santa Isabel e do seu famoso “milagre das rosas”, que é, do mesmo modo atribuído a uma sua tia-avó, também ela rainha da Hungria. Deu evidente destaque a Dona Filipa de Lencastre, mulher austera, muito culta e organizada, e que por ter dado uma esmerada educação aos seus muitos filhos – entre eles o nosso Rei Dom Duarte I, assim como o Infante Dom Henrique ! – Passou a ser considerada como a “avó dos Descobrimentos Portugueses”, pelo facto de ter sido um verdadeiro esteio da designada por Camões “Ínclita Geração”.

Foram evidenciados os contributos de Dona Isabel de Portugal, mulher deveras culta, bondosa e muito bela, rainha de Espanha e Imperatriz do Sacro-Império Romano-Germânico após ter desposado o Rei Carlos I / Imperador Carlos V; a paixão do Rei Dom João V por Dona Luísa Clara de Portugal, fidalga da alta nobreza nacional e a quem este Rei designava como a sua “Flor da Murta”.                                                                                                                                 

Foram ainda referidos os enormes contributos de D. Antónia Adelaide Ferreira, a conhecida “Ferreirinha” das vinhas e vinhos do Douro, e com enorme importância na recuperação dos vinhedos do Douro aquando das pragas do oídio e da filoxera na segunda metade do século XIX. Carolina Beatriz Ângelo pela sua luta pelos direitos de voto das mulheres, tendo sido mesmo a primeira mulher a exercer o direito de voto em eleições constituintes. Por fim, o orador fez grande destaque do trabalho desenvolvido e do empenho mostrado por Maria Lamas através do estudo realizado para, nos fins dos anos 40 do século XX, mostrar como viviam e lutavam “As Mulheres do Meu País”.

Ainda que não sendo mulher de origem portuguesa, Maria, a Virgem Maria, foi referida pelo palestrante como uma mulher do Mundo, como a “mulher mais amada do Mundo”, a mais representada na arte mundial, e que, de algum modo, também se tornou portuguesa ao ser cultuada devotadamente como a rainha do Mundo e de Portugal através do “Altar de Fátima / o Altar do Mundo”.

A Associação Raia Gerações, bem como a Cooperativa Pinacoteca, reafirmam, com estas iniciativas realizadas mesmo nas pequenas localidades da nossa Beira Baixa, a sua decidida vontade de continuar a preservar a cultura e a história dos nossos territórios, bem como a cooperação entre todos os que dinamizam os nossos territórios.

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