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Castelo Branco: Prevalência de Fibrilhação Auricular no concelho da Covilhã está acima da média nacional - estudo

Uma investigação desenvolvida pela Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do IPCB revela que a prevalência de fibrilhação auricular no concelho da Covilhã é de 3,4%, valor acima da média nacional (2,5%), segundo um estudo publicado em 2010.

  • Educação
  • Publicado: 2012-07-28 07:13
  • Por: Diario Digital Castelo Branco

Uma investigação desenvolvida pelo IPCB/ Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias revela que a prevalência de fibrilhação auricular no concelho da Covilhã é de 3,4%, valor acima da média nacional (2,5%), segundo um estudo publicado em 2010.

A fibrilhação auricular constitui a alteração sustentada do ritmo cardíaco mais comum na prática clínica, aumentando em prevalência à medida que a idade avança. A fibrilhação auricular está normalmente associada a doença cardíaca estrutural, embora um número significativo de doentes com fibrilhação auricular não apresente sinais de doença cardíaca. A alteração hemodinâmica e ocorrências de acidentes vasculares cerebrais (AVC) associadas a fibrilhação auricular resultam em morbilidade, mortalidade e aumentos significativos dos custos de saúde. Por isso, as arritmias constituem um importante problema de saúde pública, quer pela sua elevada prevalência quer pelas suas complicações e potenciais consequências.

O estudo desenvolvido por Rafael Diehl, aluno finalista da Licenciatura em Cardiopneumologia do IPCB/ ESALD, sob a orientação dos docentes Patrícia Coelho e Alexandre Pereira, cujo objetivo era perceber a prevalência de fibrilhação auricular na população adulta do Concelho da Covilhã, verificou ainda que, acima dos 59 anos, a prevalência de fibrilhação auricular praticamente duplica por cada década de vida, atingindo valores de 8,8%, para a faixa etária de 79 aos 88 anos, e atingindo um pico máximo de 11,7%, para idades superiores aos 88 anos.

Os investigadores verificaram ainda que a fibrilhação auricular está fortemente associada ao excesso de peso, dado que 83,5% da população com fibrilhação auricular tinha excesso de peso ou eram obesos.

Como nota final, os elementos que realizaram o estudo lembram que “com o aumento gradual da esperança média de vida da população portuguesa e com o aumento da população idosa no interior do país, o número de casos de indivíduos com fibrilhação auricular aumentará significativamente nos próximos anos. Sabendo-se que os indivíduos com fibrilhação auricular apresentam uma degradação substancial da qualidade de vida, que conduz a um aumento do número de internamentos e consequentemente um aumento das despesas hospitalares para o sistema de saúde, percebemos que é extremamente importante alertar os profissionais de saúde para a importância da deteção precoce e controlo dos fatores de risco nos pacientes com esta arritmia”.

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