A reunião terá lugar às 15:00, no auditório da Câmara Municipal de Rio Maior e tem como objetivo decidir as formas de luta a adotar, segundo a convocatória que a ANTP está a enviar aos transportadores, e a que a agência Lusa teve acesso.
Na convocatória, o presidente da ANTP, Silvino Lopes, afirma que, "se estão a reunir as mesmas condições que levaram ao culminar dos acontecimentos em 2008".
"Mais do que descontentamento, vejo agora transbordar o limite da preocupação. O contexto atual, mais do que não favorecer o setor dos transportes, penaliza-o sem dó nem piedade", escreve Silvino Lopes.
O presidente da ANTP refere que o preço do combustível "não para de aumentar", defendendo a aplicação de uma diretiva comunitária que permite reduzir em sede de ISP oito cêntimos por litro.
"As empresas estrangeiras entram por Portugal com os seus depósitos cheios de combustível mais barato e esmagam só por essa razão a competitividade das empresas nacionais", afirma.
Silvino Lopes critica também o Programa de Estabilidade e Crescimento, afirmando que "as medidas previstas, nomeadamente a tributação das ajudas de custo, vai ser a gota de água para empresas de copo cheio".
O presidente da ANTP contesta ainda a introdução de portagens nas autoestradas sem custos para o utilizador.
"O trânsito vai acumular-se nas [estradas] nacionais, havendo mais insegurança e mais acidentes", escreve Silvino Lopes.
"O Governo está a empurrar para outra vias que não o diálogo. Parece que pretende outro junho 2008", conclui.
Também hoje a Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias, António Mousinho - a outra associação do setor e que não participou na greve de 2008 - pediu uma audiência ao primeiro ministro para expor os problemas do setor, contestar a introdução de portagens nas SCUT e propor a harmonização fiscal com Espanha.
Entre 09 e 11 de junho de 2008, as principais estradas portuguesas ficaram bloqueadas por centenas de pesados de mercadorias, devido a uma paralisação que deixou os supermercados com as prateleiras vazias e os postos de abastecimento secos.
O protesto teve origem numa reunião de camionistas na Batalha para protestar contra a subida do preço do gasóleo.
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