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Nuno Crato «compreende» insatisfação de professores não colocados

O ministro da Educação, Nuno Crato, que hoje foi recebido em Ermesinde, Valongo, com apupos de professores, afirmou compreender a insatisfação de todos aqueles profissionais que não conseguiram colocação.

  • Educação
  • Publicado: 2012-09-25 15:21
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

O ministro da Educação, Nuno Crato, que hoje foi recebido em Ermesinde, Valongo, com apupos de professores, afirmou compreender a insatisfação de todos aqueles profissionais que não conseguiram colocação.

"Eu compreendo que evidentemente há professores que não estão satisfeitos porque não conseguiram colocação, é um problema que humanamente eu sinto, mas nós estamos neste momento a trabalhar para que o sistema esteja organizado e apenas contratamos os professores que sejam estritamente necessários ao sistema", afirmou Nuno Crato aos jornalistas.

Cerca de três dezenas de pessoas, incluindo professores, vaiaram o ministro da Educação à chegada ao novo centro escolar Marante dos Sonhos, em Ermesinde.

Assim que o ministro chegou ao local, os manifestantes, que foram colocados pela polícia a cerca de 50 metros da entrada da escola, apuparam Nuno Crato e chamaram-no de "gatuno, gatuno".

 "Nós precisamos dos professores para melhorar o sistema educativo. Claro que [a manifestação à porta da escola] me faz pensar em todos os professores e na situação que o país vive, mas estou a pensar sobretudo nos jovens, que precisam de educação, na importância pelo respeito pelos professores, neste seu trabalho", acrescentou.

No seu discurso realizado na cerimónia de inauguração oficial da nova escola, o governante afirmou que os "professores são a peça fundamental do sistema educativo".

Nessa mesma cerimónia, a coordenadora das bibliotecas do Agrupamento de escolas de S. Lourenço leu um poema intitulado "Nostalgia", afirmando: "hoje, ser professor é um tormento/que não se deseja a ninguém".

Nuno Crato afirmou que esse "tormento" foi "uma imagem poética dessa senhora professora", que lhe transmitiu que "os professores precisam do apoio de todos".

Lembrando o novo estatuto do aluno e ética escolar, "que é um reforço da autoridade dos professores e um reforço do compromisso de todos os intervenientes do sistema educativo", o governante disse que também o ministério da Educação "apoia os professores", que, "por vezes, se sentem desacompanhados".

Nesta nova escola, que representou um investimento de cerca de dois milhões de euros e que conta com dez salas de ensino básico, duas salas de jardim-de-infância, o presidente da Câmara de Valongo reclamou do Governo apoios para renovar as escolas dos 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário no concelho.

João Paulo Baltazar pediu ao ministro "um compromisso claro", considerando que "Valongo, fruto de uma injustiça, ficou órfão do investimento (realizado no âmbito da Parque Escolar)".

"É algo que temos que pôr no nosso plano a médio prazo. Nós sabemos que foram feitos investimentos por vezes exagerados, o que implica que neste momento não tenhamos recursos para fazer investimentos que são mais necessários", respondeu Crato.

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