Em Leiria, onde participou numa reunião na Assembleia Distrital do PSD, António Nogueira Leite, que foi seu mandatário no distrito de Aveiro, lembrou as palavras de Cavaco Silva em outubro de 2005 quando anunciou a candidatura ao cargo.
“O imperativo de consciência está reforçado”, frisou, perante uma plateia de militantes do PSD, apontando a conjuntura e a “crise maior” que o país atravessa, e, ainda, a governação socialista.
À Agência Lusa, António Nogueira Leite referiu que “a governação não tem sido boa e o professor Cavaco Silva tem sido um referencial de esperança e de verticalidade”.
“Portanto, ele poder apresentar-se novamente é absolutamente essencial para todos nós e é, sobretudo, essencial para que se possa construir uma verdadeira solução para o futuro de Portugal”, declarou, afirmando-se “absolutamente convencido” de que o PSD vai estar unido nesta frente “queira o professor Cavaco Silva, como eu espero, recandidatar-se”.
“O PSD vai apoiar o professor Cavaco Silva se ele achar que se quer recandidatar. Acho que não tem discussão”, acrescentou o docente,
Questionado quando é que o partido vai estar pronto para ser alternativa de poder, o coordenador da equipa que preparou a moção de estratégia que Pedro Passos Coelho apresentou à liderança do PSD, reconheceu que “vai ter que trabalhar”.
“Para já temos que estar prontos para fazer todo o trabalho que credibilize uma verdadeira alternativa ao Governo do Partido Socialista”, adiantou, salientando que “os portugueses precisam de algo que seja uma alternativa àquilo que eles já sabem que não tem funcionado”, referindo os efeitos das políticas económicas do PS nas famílias e nas empresas.
Na reunião, em que falou da atual situação política no PSD e também da situação económica do país, António Nogueira Leite considerou que o PS tem um “estilo de fazer política que convive mal com a humildade democrática que se exige de um partido de maioria relativa”.
Sustentando que o PS se habitou a governar em maioria absoluta, António Nogueira Leite afiançou que o partido do Governo “vai ter que ganhar alguma humildade democrática para poder consensualizar algumas questões que vão ser necessariamente importantes”.
“É um processo de aprendizagem que o Partido Socialista também tem que fazer um esforço”, observou.
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