Os vereadores do PSD na Câmara de Castelo Branco queixaram-se esta 6ª-feira na reunião pública do executivo de não terem sido ouvidos sobre o plano estratégico para o concelho.
Os vereadores do PSD na Câmara de Castelo Branco queixaram-se esta 6ª-feira na reunião pública do executivo de não terem sido ouvidos sobre o plano estratégico para o concelho.
"Nunca nos foi pedida a opinião, ao contrário do que foi dito [durante a apresentação do plano], que tinha sido conversado com todo o executivo", afirmou o vereador social-democrata João Paulo Benquerença.
Este responsável teceu ainda críticas ao programa "Castelo Branco Estratégia de Futuro", apresentado recentemente pelo município e que se encontra em consulta pública até ao dia 07 de agosto.
"A montanha pariu um rato. Aquilo que seria uma grande ideia tornou-se num conjunto de ações. Não se tira qualquer conclusão sobre onde queremos chegar em 2020", disse.
O vereador do PSD voltou a lamentar o facto de o documento não ter sido alvo de uma "ampla discussão" antes de ser apresentado publicamente.
Em reação, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, acusou os vereadores sociais-democratas de prestarem um "mau serviço" ao concelho, "porque persistem numa atitude do bota-abaixo".
O autarca socialista acusou ainda o vereador do PSD de não perceber "o que é uma estratégia, uma política e uma ação", e desafiou a oposição a apresentar as suas propostas, visto tratar-se de um documento "aberto".
"A atitude da vossa parte [PSD] não me surpreende. Essas atitudes já chegaram a ter aspetos mesquinhos", afirmou.
Luís Correia adiantou ainda que foram ouvidas as forças vivas da cidade sobre o plano estratégico e reforçou o desafio aos sociais-democratas: "Venham lá as vossas propostas. Dissemos que este é um documento aberto".
Na reunião do executivo, a oposição confrontou e pediu esclarecimentos ao presidente da Câmara de Castelo Branco sobre a recente demolição de um edifício com portados quinhentistas.
"A câmara demoliu um edifício com portados quinhentistas, algo que considero um crime do ponto de vista cultural", afirmou o vereador do PSD Paulo Moradias.
O presidente do executivo remeteu explicações para os serviços técnicos que disseram que o edifício demolido não estava classificado e encontrava-se em ruína.
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