Castelo Branco: Luís Correia acusa o PSD de ficar refém do Governo no setor da água

O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, acusou esta 6ª-feira os vereadores do PSD de terem ficado "reféns" do Governo no processo de reestruturação do setor da água.

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  • Publicado: 2015-10-16 16:35
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, acusou esta 6ª-feira os vereadores do PSD de terem ficado "reféns" do Governo no processo de reestruturação do setor da água.

"Não tenho culpa que os vereadores do PSD ficassem reféns da decisão do Governo que apoiam. Os senhores, no caso da reestruturação do setor da água ficaram reféns. Nem sequer vale a pena voltar a falar neste assunto", afirmou o autarca.

O vereador do PS João Carvalhinho trouxe novamente o assunto da reestruturação do setor da água à discussão na reunião pública do executivo.

Recordou um parecer da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), que questiona os benefícios resultantes da extinção da Águas do Centro no que diz respeito à diminuição dos gastos de exploração, face aos observados para o conjunto dos sistemas extintos e a não evidência de potenciais ganhos de escala.

"Este parecer faz justiça à argumentação que o presidente da Câmara de Castelo Branco sempre defendeu", disse.

João Carvalhinho confrontou então os vereadores do PSD, Paulo Moradias e João Paulo Benquerença, que, na altura, responsabilizaram o presidente da Câmara de Castelo Branco pela perda da sede da administração da empresa.

João Paulo Benquerença (PSD) solicitou então ao presidente do município o acesso a faturas de janeiro e de abril, para comparar os valores que o município pagava pelo metro cúbico de água: "Depois de saber isso, responderei", sustentou.

Luís Correia reagiu e afirmou que sabe o que o vereador do PSD pretende demonstrar com a fatura, a descida do valor pago, mas reafirmou aquilo que sempre defendeu em alternativa à reestruturação do setor da água: a criação do fundo de equilíbrio tarifário.

"Com esta alternativa, o preço da água iria baixar. Não se refugie numa coisa com a diferença de uma fatura. Isto vai muito mais além. Vamos tratar o assunto de uma forma séria e com a abrangência que deve ter", disse.

O vereador social-democrata disse então que na altura optaram pela abstenção porque consideraram que se tratava de um assunto "muito sério" e acusou a autarquia de "não ter tido um diálogo profícuo".

O autarca voltou então a dizer que não tem culpa que os vereadores do PSD tenham ficado "reféns" de uma decisão do Governo.

"Não venham falar de falta de diálogo. Tivemos várias reuniões onde tudo foi explicado", concluiu.

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