CAP defende “com unhas e dentes” construção da barragem do Alvito

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal disse, no parlamento da Assembleia da República, defender “com unhas e dentes” a construção da barragem do Alvito, como uma forma de combater o efeito das alterações climáticas.

  • Economia
  • Publicado: 2019-04-24 00:00
  • Por: Diário Digital Castelo Branco/Lusa

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal disse, no parlamento da Assembleia da República, defender “com unhas e dentes” a construção da barragem do Alvito, como uma forma de combater o efeito das alterações climáticas.

“As alterações climáticas mais do que serem para nós uma ameaça de uma desgraça anunciada têm que constituir um desafio e uma oportunidade. A oportunidade de pôr a técnica à frente da política, principalmente à frente dos grandes chavões de ideologia”, referiu Eduardo Oliveira e Sousa, no parlamento, durante a audição pública sobre o Programa Nacional de Investimentos 2030.

O presidente da CAP garantiu assim defender “com unhas e dentes” a construção da barragem do Alvito, considerando que esta pode beneficiar o rio Tejo e a barragem de Castelo de Bode, no distrito de Santarém, salvaguardando o abastecimento de água a Lisboa.

Em abril de 2016, o Governo anunciou o cancelamento da construção das barragens do Alvito, no rio Tejo, que abrange os concelhos de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão, e de Girabolhos, no rio Mondego, enquanto a construção da barragem do Fridão, no rio Tâmega, no concelho de Amarante, foi suspensa por três anos.

Entretanto, no dia 16 de abril, o ministro do Ambiente anunciou no parlamento que a barragem do Fridão não será construída.

“É toda esta escada de problemas que giram em volta de uma visão estratégica para a água, associada a uma visão estratégica da agricultura, que eu acho que deveria de ser melhor explanada, mais beneficiada com o esforço financeiro de investimento que o país vai ter que fazer nos próximos anos. Não o fazer é agravar a situação do interior do país, potenciar a desertificação”, sublinhou.

O líder da confederação de agricultores vincou ainda que “o próprio montado, os sobreirais, azinhais, carvalhais estão a morrer” devido à desertificação.

“Temos que puxar pela cabeça para tentarmos inverter este processo que é mais rápido do que aquilo que à partida podemos imaginar”, concluiu.

O Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, que se insere no Portugal 2030, define os investimentos infraestruturais estratégicos prioritários, nos setores da mobilidade e transportes, ambiente e energia.

De acordo com a informação disponível na página do Portugal 2030 na internet, o PNI abrange as infraestruturas localizadas em Portugal Continental e estrutura-se por projetos ou programas com investimentos superiores a 75 milhões de euros.

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