O PSD questionou hoje o executivo socialista da Câmara de Castelo Branco acerca de algumas transferências efetuadas que não passaram pelas reuniões e a resposta foi que toda a despesa é auditada por um revisor oficial de contas.
O PSD questionou hoje o executivo socialista da Câmara de Castelo Branco acerca de algumas transferências efetuadas que não passaram pelas reuniões e a resposta foi que toda a despesa é auditada por um revisor oficial de contas.
O vereador do PSD, Hugo Lopes, questionou o executivo socialista da Câmara de Castelo Branco em relação às transferências correntes e de capital referentes a 2018 e disse que, após a análise aos documentos que lhe foram facultados, encontrou "dados muito interessantes".
"Há transferências concedidas que não foram a reuniões do executivo. Queria perguntar o porquê de não terem ido às reuniões", disse.
O vereador social-democrata, falava durante a reunião pública da câmara, já depois de o presidente, Luís Correia, se ter ausentado da sala por motivos de agenda.
Hugo Lopes explicou que há um total de 43 situações que não estão nos documentos referentes a 2018, cujo valor ascende a cerca de 1,2 milhões de euros, e adiantou que também não consegue entender a diferença entre o valor de verbas aprovadas nas reuniões do executivo, que depois surgem com verbas "superiores ou inferiores".
"Estamos a falar de mais de um milhão de euros. São dados e não coisas abstratas", sublinhou.
A resposta veio pelo vereador socialista Jorge Pio, que recordou à oposição que o município é constantemente auditado e “toda a despesa foi auditada por um revisor oficial de contas".
Jorge Pio acusou ainda a oposição de querer realçar a existência de um "valor fantasma, à margem" e adiantou que o executivo tem "confiança" na estrutura da Câmara de Castelo Branco.
O início da reunião ficou ainda marcado com uma troca de palavras entre o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, e o vereador social-democrata Carlos Almeida.
Este apresentou alguns números retirados do portal Pordata relativos a 2017, que indicam que o número de médicos por habitante no concelho de Castelo Branco é de um para 215.1 habitantes.
"Infelizmente, é com pesar que constato que Castelo Branco, mais uma vez, ocupa o último lugar" comparativamente com outros concelhos do interior, como Évora, Viseu, Vila real, Guarda, Beja, Portalegre e Bragança, afirmou.
Já em relação aos tempos médios de espera no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o social-democrata avançou também com números relativos a várias especialidades do Hospital Amato Lusitano (HAL) e questionou o autarca: "Estes dados não o deixam preocupado? O que é que tem feito para evitar esta situação e o que é que se propõe fazer para alterar esta situação?".
O presidente do município sublinhou que, mais uma vez, "as coisas são apresentadas levianamente" e acusou o vereador do PSD de agarrar em dois ou três dados e caracterizar, de uma forma geral, a Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco.
"O presidente da Câmara não é o responsável direto pela gestão da ULS. Devia estudar mais para fazer uma avaliação correta da ULS. Antes de fazer esta avaliação leviana, devia assumir a sua responsabilidade", frisou Luís Correia.
O autarca recordou que foi no anterior Governo de Pedro Passos Coelho que se perderam sete milhões de euros do QREN para investimentos no Hospital Amato Lusitano (HAL).
Adiantou ainda que a Câmara de Castelo Branco tem tido uma intervenção direta no HAL, onde assumiu investimentos em obras como o Serviço de Urgência ou nos centros de saúde.
"Não fora a decisão de não investir por parte do Governo do PSD na ULS, perdendo fundos comunitários, estaríamos mais à frente do que estamos", concluiu.
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