Universidade da Beira Interior vai ter mais 125 camas para estudantes

A Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, com cerca de 80% dos alunos deslocados, prevê ter concluídas as obras de remodelação da residência de estudantes I, com 125 camas, no prazo de um ano.

  • Educação
  • Publicado: 2024-03-27 17:20
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

A instituição prorrogou até à próxima semana o prazo para a entrega de candidaturas para a intervenção, a pedido das empresas, depois de, em fevereiro, ter sido aberto o concurso público para a empreitada, orçada em 2,4 milhões de euros, comparticipada em 1,6 milhões de euros pelo Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Depois de, em janeiro de 2023, a UBI ter inaugurado, na presença do primeiro-ministro, António Costa, a primeira residência estudantil do país no âmbito do PNAES, o reitor, Mário Raposo, destacou o “esforço financeiro muito grande” da instituição, mas, acentuou, é fundamental numa universidade com “cerca de sete mil alunos deslocados”.

“É uma obra fundamental. A residência teve de ser desativada, porque não tinha condições, mas é importante que a reativemos, porque é mais um parque de camas que se vai oferecer aos alunos e destina-se fundamentalmente aos alunos bolseiros. Portanto, é também o aspeto social que está aqui em causa”, referiu o reitor da Universidade, sediada na Covilhã, no distrito de Castelo Branco.

Segundo Mário Raposo, o equipamento, encerrado desde 2021, é a segunda maior residência de estudantes da UBI e a empreitada tem um prazo de execução de 330 dias.

“Agora é selecionar a empresa e depois começar a obra. Eu espero que daqui um ano, o mais tardar, a residência esteja concluída”, disse o reitor, em declarações à agência Lusa.

  O responsável da instituição lamentou o encerramento de equipamentos que se foram degradando e justificou a impossibilidade de a UBI fazer obras devido às dificuldades criadas pelo subfinanciamento do Orçamento do Estado.

“A UBI não fez obras porque foi subfinanciada. De acordo com o relatório da OCDE, entre 2010 e 2022 foi das universidades menos financiadas por aluno a nível nacional e isso fez com que, nestes últimos dez anos, a UBI não tivesse dinheiro para fazer as reconstruções”, referiu Mário Raposo.

Em 2021 a instituição de ensino superior anunciou um investimento de cinco milhões de euros na requalificação de três residências de estudantes e na adaptação de um novo espaço, após ter visto aprovadas as respetivas candidaturas ao PRR.

O reitor acentuou o cuidado em “não sobrepor” obras e mencionou a necessidade de aguardar pelo reembolso de investimentos feitos para poder avançar com as próximas remodelações.

Mário Raposo adiantou que a reconversão da antiga cantina da Boavista num alojamento com 25 camas e uma zona de lazer para os alunos poderá ter início dentro de três meses. A renovação das residências IV e V ficará “para o início do ano que vem”.

O responsável máximo da instituição informou que a UBI tem, neste momento, disponíveis 650 camas e, após as intervenções previstas no alojamento para estudantes, passará a ter capacidade para dar resposta a 800 alunos.

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