Bastante conhecido e acarinhado na comunidade albicastrense, e praticamente em toda a região, "Zé do Fóia", como é conhecido, é um mestre na arte de cozinhar, talento que se lhe reconhece desde jovem.
Natural da aldeia de Caféde, concelho de Castelo Branco, onde nasceu há 77 anos, José Alves, começou a trabalhar como gourmet no antigo e emblemático Café Aviz localizado no centro cívico da cidade. "Foi a minha primeira entrada no mundo da gastronomia, e o sonho de criança a tornar-se uma realidade. Tinha apenas 11 anos, mas com uma vontade férrea de aprender a cozinhar", lembra com uma lágrima no canto do olho.
Seguiram-se outros espaços de restauração onde exerceu a atividade. O Cine-Bar e a Pastelaria Belar, casas onde José Alves se notabilizou não só pelo seu profissionalismo, mas também pela sua simplicidade e nobreza com que tratava os clientes, valendo-lhe rasgados elogios de quem teve o privilégio de conhecer este Homem que viria a marcar uma geração na história das gentes laboriosas do velho burgo albicastrense.
Após ter cumprido 27 mêses como militar em Angola na especialidade de radiotelegrafista sob as ordens do Capitão Nuno Roque, natural de Santo André das Tojeiras, de quem, ainda hoje é um dos maiores amigos, viria posteriormente e no regresso da vida militar, a abrir o então conhecido Copacabana, espaço típico da cidade, onde os seus inúmeros clientes se deliciavam com os bons petiscos que, saíam da cozinha do chefe Zé. Mais tarde viria ainda a conhecer outros restaurantes da capital da Beira Baixa.
Os seus dotes culinários, começaram a ser conhecidos no país e os convites surgiram rapidamente, como recorda. "Foi um privilégio ter trabalhado na cozinha do Hotel Eduardo VII e mais tare no Café Nicola em Lisboa, onde reforcei os meus conhecimentos e experiência, fatores relevantes para o meu futuro", esclarece. De regresso à terra natal, viria a trabalhar e a inaugurar o restaurante "Ti Lurdes".
Deixamos para o final da nossa conversa a história do restaurante que abriu em Castelo Branco, antes de rumar à capital do país, e que, se denominava "Zé do Fóia", uma casa de excelência que era uma "marca da boa gastronomia" de Castelo Branco, onde saíam das mãos do chefe José Alves, a boa comida tão apreciada na comunidade, e que, ainda hoje é recordada na cidade.
A gozar a merecida reforma, "Zé do Fóia", vai-se entretendo a fazer uns bons pratos culinários para os amigos. "Felizmente que a saúde vai-me ajudando, e bons amigos não faltam", conclui.
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