Falar de uma Mulher Albicastrense considerada a "Mãe Amor" de muitas pessoas que, nasceram na Terra de Amato Lusitano, é contar a história de "Ti" Rosarinho, verdadeiro símbolo da zona histórica e da cidade de Castelo Branco.
Com 94 anos de idade, mas com uma lucidez invejável, recorda a sua infância, onde nasceu, e ainda hoje reside numa casa da velha urbe albicastrense, em que, muitos de nós fomos muito felizes, tal como presentemente a "Ti" Rosarinho", continua a ser.
Ao longo da sua vida, trabalhou em várias indústrias de confeção, desde numa empresa de camisaria, passando pelas antigas e conhecidas fábricas Sicofato e Raji. "A vida, tal como quase todos nós, não era fácil naquela altura, e a luta pelo pão de cada dia, era obrigatória", recorda Rosário Batista Teixeira, com nostalgia.
Numa zona em que nasceu a maioria dos albicastrenses, e que, foi rica em recordações de infância, a "nossa" Rosarinho, vai dizendo. "Naquele tempo, o pessoal brincava, éramos mais unidos, amigos, generosos, apesar de também cada um ter as suas 'dores de alma', ultrapassadas pelo dar as mãos, ajudando-nos mutuamente", lembra.
Muito respeitada e acarinhada pela comunidade, continua, embora com mais dificuldades, a sair à rua, mantendo a sua tradição religiosa desde muito nova, em ir à missa na Sé, ou na Capela de Santo António. "Desde que consiga, vou sempre rezar por mim, e por todos, para que, tínhamos saúde, pão e muita paz na nossa vida que, bem precisámos, neste tempo conturbado, onde por vezes, o ódio substitui o amor", realça.
Com raro sentido de humor, e quase a concluir a nossa conversa, confessa que, nunca casou, porque sempre quiz ser "solteira e boa cachopa".
Sem dúvida, que a "Ti" Rosarinho ficará eternamente na história da cidade, pelo seu exemplo de dedicação ao próximo, o amor com que ainda nos seus mais de 90 anos, continua a tratar as pessoas, conquistando uma verdadeira legião de albicastrenses que adora esta personalidade do Seu Castelo, que abraça a sua cidade.
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