Criminalidade baixou 5,8% no concelho de Castelo Branco em 2024

A criminalidade no município de Castelo Branco diminuiu 5,8% no ano de 2024, em comparação com o ano de 2023. Houve uma redução de 42 crimes, de 724 em 2023 para 682 em 2024.

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  • Publicado: 2025-01-29 21:00
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

Os dados foram divulgados pela GNR e pela PSP durante a primeira reunião de 2025 do Conselho Municipal de Segurança de Castelo Branco, que se realizou na passada segunda-feira, 27 de Janeiro, no Salão Nobre dos Paços do Município.

Segundo o comunicado de imprensa da Câmara Municipal, o com ponto principal da Ordem de Trabalhos foi a análise da situação da segurança no concelho relativa ao ano de 2024, tendo sido discutidas questões relacionadas com a criminalidade geral.

Citado no nota, o Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, aproveitou a ocasião para pedir um reforço da presença de agentes da PSP e de militares da GNR nas ruas, para maior segurança e conforto da população. Embora tenha conhecimento da falta de efetivos nos postos, o Autarca fez o apelo para que haja mais vigilância.

Amândio Nunes, Coordenador Municipal de Proteção Civil, fez o resumo da evolução do projeto de videovigilância para a cidade de Castelo Branco. Uma parceria da Câmara Municipal com a PSP, que resultou numa visita a todos os locais sugeridos, para definição dos mesmos e da tipologia de câmara a instalar em cada local. Estão, assim, reunidas as condições para que, em breve, se possam instalar 83 câmaras de videovigilância.

O Capitão Roberto Ascensão, Comandante do Destacamento Territorial de Castelo Branco da GNR, revelou que houve várias diminuições de crimes registados na 

generalidade, nomeadamente, -13% contra o património, -18% contra pessoas e -17% referentes a legislação avulsa. Por outro lado, aumentaram em 5% os crimes contra o Estado.

As principais preocupações das autoridades são os furtos, que representam um total de 25,41% dos registos; as burlas, com 10,25%; os crimes rodoviários, com 9,21%; a violência doméstica, com 8,17%; e os incêndios, com 8,02%.

Quando analisada a tipificação do crime detalhadamente, a ofensa à integridade física voluntária simples desceu 6,38%, de 47 para 44; a ameaça e coação diminuiu 11,11%, de 36 para 32; o furto de produtos agrícolas baixou 26,09%, de 23 para 17; e o furto em residência com arrombamento, escalamento ou chaves falsas manteve-se com 18 ocorrências.

Por sua vez, a violência doméstica contra cônjuge ou análogos aumentou 26,32%, de 38 para 48 crimes; o incêndio/fogo posto na floresta cresceu 15%, de 40 para 46; o furto de metais não preciosos subiu 15,79%, de 19 para 22; e a condução de veículo com taxa crime de álcool ou sob influência de substâncias psicotrópicas, estupefacientes ou produtos análogos aumentou 11,36%, de 44 para 49.

Em relação aos crimes violentos e graves, a GNR registou 9: 4 por resistência e coação sobre funcionário, 3 por roubo a residência, 1 por roubo na via pública e 1 por roubo por esticão. 

Não se registaram crimes de extorsão, rapto, sequestro, roubo de viatura nem violação.

O Subintendente Rui Marques, Comandante da Área Operacional da PSP de Castelo Branco, também divulgou os dados da criminalidade participada à PSP durante o ano de 2024, comparativamente a 2023.

Quanto a crimes rodoviários, registou-se menos 3% de acidentes, embora tenha havido um aumento de 3,6% de acidentes com mortes, mais 50% de acidentes com feridos graves e mais 40% de atropelamentos.

Também houve menos 78 ocorrências de crimes contra a vida em sociedade, onde se insere a condução sob efeito de álcool, e foram feitas menos detenções, numa redução de 36,1%.

As burlas informáticas têm aumentado, sobretudo relacionadas com a aplicação WhatsApp, como a conhecida burla “Olá pai/Olá mãe” que se baseia em técnicas de persuasão para convencer a vítima a fazer pagamentos ao burlão, mas também relacionadas com a compra online de artigos, carros e casas.

A violência doméstica foi o crime que mais aumentou, com uma subida de 4,5%, de 200 para 209 casos, que originaram 4 detenções.

A propósito deste tema, Arnaldo Braz, Presidente da Associação Amato Lusitano, deu a conhecer os números da EAVD - Estrutura de Atendimento, Acompanhamento e Apoio Especializado a Vítimas de Violência Doméstica, que acolhe mulheres e filhos menores de todo o território da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa.

Em 2024, a entidade realizou 898 atendimentos, tendo registado 252 casos de violência doméstica e feito 54 novos acolhimentos. Foi ainda dada resposta de apoio psicológico e emocional a 68 crianças e jovens.

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