Os trabalhadores exigem aumentos salariais e frisam que, apesar de a empresa Twintex já praticar um subsídio de alimentação de 4,30 euros entendem que a imposição dos seis euros "é mais do que justa".
Trabalhadores protestaram na passada sexta-feira, 28 de Fevereiro, à porta da Twintex, empresa têxtil do Fundão, contra os baixos salários praticados no setor e reivindicando um aumento do valor do subsídio de refeição para seis euros.
Segundo o Observador, Marisa Tavares, coordenadora do Sindicato Têxtil da Beira Baixa, explicou à agência Lusa que esta concentração surge no âmbito da negociação do contrato coletivo de trabalho para o setor.
“Já foram feitas duas reuniões de negociações. Em relação às questões salariais, nomeadamente o subsídio de alimentação continuamos no setor a ter um subsídio de 2,5 euros no contrato coletivo de trabalho. No âmbito da nossa federação [FESETE], decidimos fazer concentrações à porta das empresas, das quais a gerência faz parte da direção da ANIVEC [Associação Nacional das Industrias de Vestuário e de Confeção]. Esta concentração vem nesse sentido”, refere a sindicalista.
Os trabalhadores exigem aumentos salariais dignos e sublinham que, apesar de a empresa Twintex, situada na Aldeia de Joanes, já praticar um subsídio de alimentação de 4,30 euros entendem que a reivindicação dos seis euros “é mais do que justa”.
“Todos os anos, em janeiro, as categorias são todas absorvidas pelo Salário mínimo Nacional (SMN). E, não é por ter no contrato mais dois ou três euros acima do SMN que deixamos de ser trabalhadores do SMN”, salientou Marisa Tavares.
A sindicalista considera que esta empresa “também é significativa” porque há uns anos praticava valores acima daquilo que estava no contrato negociado.
“Depois vinculou-se e passou a pagar apenas aquilo que está no contrato coletivo de trabalho. É lamentável que a empresa [Twintex] tenha procedido dessa forma. Trata-se de uma empresa que trabalha com marcas conceituadas e que se vangloria com os seus projetos“.
Esta concentração contou com a presença de trabalhadores e de delegações dos sindicatos do setor filiados na Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal (FESETE).
Todos entendem que “não é justo” continuar a pautar os trabalhadores do setor com base em rendimentos tão próximos do SMN.
A agência Lusa tentou ouvir a administração da Twintex, mas tal não foi possível em tempo útil.
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