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Penamacor: Autarquia espera autorização definitiva para termas

A Direcção Geral de Saúde vai emitir dentro de dias o licenciamento definitivo das Termas das Águas.
É esperada autorização para tomar banho nas águas com sabor a enxofre.
Os aquistas continuam à espera de entrar nas águas santas.

 

  • Região
  • Publicado: 2011-01-11 11:48
  • Autor: Jaime Pires

O carteiro é aguardado pelo executivo de Penamacor que todos os dias espera que chegue ao município o licenciamento definitivo das Termas das Águas. Para já, o único documento que existe foi emitido no último Verão pela Direcção Geral de Saúde que concedeu um alvará provisório para o funcionamento do balneário termal onde aprovou todas as valências terapêuticas. Tanto a Junta de Freguesia de Águas como a própria autarquia de Penamacor esperam pelo documento final que vai permitir assinar o contrato de concessão das termas.

O presidente da Câmara de Penamacor espera agora que a Direcção Geral de Saúde possa emitir, dentro de dias, o licenciamento definitivo das Termas da Fonte Santa. Com o documento tão aguardado, o autarca acredita que as Termas serão factor determinante para dinamizar o turismo do concelho, por tal é preciso efectuar mais um furo e preparar outros projectos para candidatar a fundos comunitários.

As Termas que dão nome à freguesia a sul do concelho de Penamacor são conhecidas por inúmeras gerações que procuravam o balneário para a cura dos seus males, na sua grande maioria problemas relacionados com reumatismo, doenças de pele e vias respiratórias. De natureza sulfúrea as termas têm no seu historial referência nas ordenações do Marquês de Pombal aos párocos, onde é referido “Águas de Penamacor, junto a este lugar nasce, numa rocha, um olho de água, com sabor a enxofre, a que chamam Fonte Santa”.

Na aldeia de Águas todos conhecem os benefícios dados pela natureza e contam os relatos que as águas são utilizadas para males digestivos e para tratar feridas ou dores locais. Já está constituída a equipa que vai trabalhar no balneário termal onde as funcionárias tiveram formação nas Termas de Cró, S. Pedro do Sul e ainda nas Termas de Fonte Santa, em Almeida. Logo que chegue à aldeia o licenciamento definitivo trabalho e clientes não vão faltar, dado o grande número de aquistas que procuram informação na Junta de Freguesia para se inscreverem no renovado balneário que ocupa um área de cerca de 80 metros quadrados. O balneário encontra-se junto de um afloramento granítico onde estão localizadas as emergências de águas, captadas por furos. A água clara e com cheiro hepático é a grande aposta do actual executivo para estancar o processo da desertificação e trazer para o concelho raiano o turismo termal.

Na história da instância termal recuamos ao ano de 1940, altura em que a Junta de Freguesia renovou o espaço o posteriormente acrescentou um piso para alojamento. O balneário passou a ser um tanque para captação de águas, três quartos onde em cada um existia uma banheira em pedra. Em 1980 a Junta de Freguesia inicia uma exploração directa dos banhos, até agora com um concurso público para a exploração. Eram arrematações públicas onde a Junta de Freguesia fazia um leilão e quem desse mais arrematava os banhos por essa temporada. Narrações lembradas pelos habitantes no tempo em que um banho custava 20 escudos. Mais tarde, já no ano de 2000 a Junta de Freguesia iniciou as obras de renovação do balneário e iniciou novas captações de água por furo. Foi também nessa altura que inicia a construção de um edifício para alojar os aquistas.

Passados 11 anos a Junta de Freguesia aguarda pelo documento final da Direcção Geral de Saúde, a autorização necessária para que se voltem a encher as banheiras.

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