“De Londres ao Porto numa gaivota” apresentado em Proença-a-Nova

“A viver em Londres há 427 dias, Sofia descobre, através de uma pergunta do seu professor, que lhe faltam as palavras certas para traduzir as saudades do mar e do gelado de morango feito pela avó. Será que longe de casa os sonhos podem continuar a cheirar ao manjerico da noite de São João?”. Este é um dos excertos lidos na apresentação do livro “De Londres ao Porto numa gaivota”, de autoria de Inês Cardoso, que aconteceu sábado, 6 de abril, no Auditório Municipal de Proença-a-Nova.

  • Cultura
  • Publicado: 2019-04-11 00:00
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

“A viver em Londres há 427 dias, Sofia descobre, através de uma pergunta do seu professor, que lhe faltam as palavras certas para traduzir as saudades do mar e do gelado de morango feito pela avó. Será que longe de casa os sonhos podem continuar a cheirar ao manjerico da noite de São João?”. Este é um dos excertos lidos na apresentação do livro “De Londres ao Porto numa gaivota”, de autoria de Inês Cardoso, que aconteceu sábado, 6 de abril, no Auditório Municipal de Proença-a-Nova.

Miguel Gonçalves, Coordenador da Sociedade Planetária, com raízes no concelho, fez a apresentação da obra, começando por dizer que “apesar do livro não se passar em Proença-a-Nova, há uma Proença figurada no livro e que os leitores vão descobrir. É um livro infantil sem ser infantilizado e vai direto às palavras-chave das coisas que nos tornam humanos: a saudade e a construção das casas cá dentro e que levamos connosco e que nos ajudam a ultrapassar situações muitas vezes complicadas. Este livro também me deu a capacidade de voar para o Casalinho, aldeia onde passei muitos momentos da minha infância”.

Inês Cardoso revela que “é verdade que o livro não tem no título Proença-a-Nova, mas tem muito desta terra e das minhas raízes. Este livro nasceu nesta sensação em que tenho, não sendo emigrante, em alguns momentos a saudade muito presente. Foi esta procura dos lugares que habitam dentro de nós que me motivou. A gaivota transporta a protagonista para aquilo que ela sente a falta e a mim transporta-me naturalmente para Proença-a-Nova”, acrescenta Inês Cardoso.

Para Paulo Gonçalves, representante da Porto Editora, “é uma honra conhecer as raízes da Inês Cardoso. Todos os que trabalhamos com a Inês sabemos de onde é, pois tem Proença-a-Nova no coração e uma ligação muito forte a esta terra. Publicar o livro da Inês foi uma oportunidade que agarrámos com as duas mãos”.

O livro “aplica-se a todos aqueles que em algum momento nas voltas da vida andam à procura de mais mundo, mas sempre sabendo que temos dentro de nós os lugares seguros em que nos abrigamos. E esta noção de casa e de abrigo está presente no livro", remata a autora, e por esse motivo “fazia todo o sentido fazer a apresentação deste livro aqui, porque é uma escritora de Proença-a-Nova e é merecedora”, afirma João Manso, Vice-presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova.

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