A deputada do Bloco de Esquerda Maria Manuel Rola defendeu hoje a revisão da Convenção de Albufeira e a garantia de caudais diários para evitar situações de seca como as que se verificam nos rios Ponsul e Tejo.
A deputada do Bloco de Esquerda Maria Manuel Rola defendeu hoje a revisão da Convenção de Albufeira e a garantia de caudais diários para evitar situações de seca como as que se verificam nos rios Ponsul e Tejo.
"A Convenção de Albufeira tem que ser revista e garantir caudais diários. Não existindo um caudal ecológico, há a tentação de o fazer [descargas de água] de uma só vez, o que leva a situações como esta [seca do rio Ponsul]", afirmou a deputada do BE.
Maria Manuel Rola, que falava depois de uma visita à localidade de Lentiscais, em Castelo Branco, onde observou aquilo que se está a passar com um dos afluentes do rio Tejo, o Ponsul, que se encontra completamente seco.
"Esta situação que podemos observar é dramática. Temos um riacho neste momento, onde antes havia um rio com vários metros de profundidade. A situação é dramática e coloca várias questões, desde logo em relação à economia local e à atividade que subsistia aqui e que, de repente, viu desaparecer um leito de água considerável", disse.
A deputada do BE explicou que os problemas não são novos e que existem desde 2017, com as questões do caudal e da poluição do rio Tejo, além das questões das barragens e da gestão que é feita por parte da EDP, "que é senhora da articulação e da gestão".
"Não existe soberania nacional num recurso público como o Tejo. A gestão tem que ser feita dia a dia e também em conjunto com a população para garantir que situações destas não ocorram. Falamos ou de incompetência ou de permissividade", sustentou.
Maria Manuel Rola sublinhou que o BE já apresentou um projeto de resolução para a revisão da Convenção de Albufeira, uma situação que "tem que ser tida em conta pelo Governo nas próximas reuniões plenárias".
Adiantou ainda que o BE quer saber porque é que esta situação aconteceu: "Vamos ouvir o ministro do Ambiente e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) sobre aquilo que se passou".
A deputada realçou ainda os prejuízos irreversíveis para o ecossistema e sublinhou que não é possível manter mais esta situação que apelidou de "demasiado gravosa".
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