O incêndio florestal que começou no dia 25 de julho no concelho de Oleiros, estendendo-se posteriormente a Proença-a-Nova e Sertã, destruiu 466 hectares de floresta e algumas áreas agrícolas no concelho de Proença-a-Nova, de acordo com o levantamento realizado pelo Gabinete de Proteção Civil e Florestas do Município.
Segundo a informação enviada ao Diário Digital Castelo Branco, os prejuízos ultrapassam os 200 mil euros, contabilizando-se o investimento necessário para recuperar as infraestruturas afetadas, para controlar a erosão, tratar e proteger encostas, para prevenir a contaminação e assoreamento e recuperação de linhas de água, e os prejuízos em termos de biodiversidade. Nos dias em que esteve ativo, o incêndio preocupou principalmente as populações de Corgas e Fatelo que estiveram na linha do fogo.
A limpeza dos cem metros da faixa de proteção dos aglomerados populacionais revela-se fundamental para proteger as aldeias em situações extremas como as que são vivenciadas durante os incêndios de grandes dimensões, libertando os meios de socorro para combater o fogo noutros locais. O Município tem em curso o programa de reconversão de áreas florestais em áreas agrícolas, apoiando os proprietários dos terrenos nas faixas dos cem metros com movimentação de terras e oferta de árvores e plantas, mas apenas nas situações em que há o acordo escrito de todos esses proprietários. Depois da Mó, a localidade das Fórneas é a que se prepara para implementar este projeto que está disponível para qualquer aldeia do concelho, cumprindo-se o disposto em regulamento. Adicionalmente, o Município está a articular com as Juntas de Freguesia a disponibilização de destroçadores de sobrantes para que fora da época crítica dos incêndios florestais, em que os trabalhos na floresta se encontram proibidos, os proprietários evitem a realização de queimas, considerando-se as estatísticas que apontam para um número muito elevado de ocorrências em resultado desta prática.
Recorde-se que, desde 2016, quatro grandes incêndios assolaram o concelho de Proença-a-Nova: a 7 de setembro de 2016, do Braçal até à Figueira e Atalaias; a 23 de julho e 9 de setembro de 2017 na zona sul do concelho, de incêndio proveniente da Sertã e que alastrou também a Mação; e o de 25 de julho deste ano. No conjunto, estas quatro ocorrências foram responsáveis pela destruição de 8.786 hectares de floresta no concelho proencense.
Subscreva à nossa Newsletter
Mantenha-se atualizado!
© - Diário Digital Castelo Branco. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por: Albinet