José Luís Carneiro e Ana Abrunhosa, ex-ministros do Governo de António Costa estiveram presentes na apresentação do seu livro ‘Segurança Interna em Tempos de Incerteza’, no sábado passado, 1 de Fevereiro.
O evento decorreu na Biblioteca Municipal António Salvado, em Castelo Branco, que contou com as intervenções de Ana Abrunhosa, Patrícia Gaspar e Valter Lemos e com a moderação de Afonso Camões.
Em nota de imprensa, o Gabinete de Comunicação e Imagem refere que o José Luís Carneiro apoia Aeródromo Municipal de Castelo Branco enquanto Centro de Meios Aéreos Permanente e vai questionar o Governo.
“José Luís Carneiro vai questionar o Governo a propósito da decisão da retirada do helicóptero de combate a incêndios do Aeródromo Municipal de Castelo Branco, durante o período de 1 de Novembro a 14 de Maio, que implica que a infraestrutura deixe de ser Centro de Meios Aéreos Permanente, passando a ser Sazonal.
O antigo Ministro da Administração Interna irá solicitar a reversão desta “má decisão, prejudicial ao país”, que “quebra uma relação de confiança e no trabalho feito no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil”, considerando que é fundamental haver “um pré-posicionamento de meios em territórios do Centro Interior e na zona fronteiriça com Espanha, decisivo para a segurança territorial e estratégico para o futuro desta região”.
Esta posição foi assumida durante a apresentação do seu livro ‘Segurança Interna Em Tempos de Incerteza’, no dia 1 de fevereiro, na Biblioteca Municipal António Salvado, em Castelo Branco, que contou com as intervenções de Ana Abrunhosa, Patrícia Gaspar e Valter Lemos e com a moderação de Afonso Camões.
Além de interrogar o Ministério da Administração Interna, José Luís Carneiro mostrou disponibilidade para ajudar o Município albicastrense “a trabalhar nos documentos estratégicos e, se for necessário, escrever para a Comissão Europeia”.
Leopoldo Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, fez o discurso de abertura, onde frisou, precisamente, a preocupação do Município em relação à perda do meio aéreo no Aeródromo Municipal.
O Autarca falou também da descida dos números da criminalidade registados no concelho, enaltecendo o trabalho feito pelas forças de segurança e relembrando que, em breve, serão instaladas câmaras de videovigilância na cidade, pois ‘temos segurança, mas convém reforçá-la e consolidá-la’.
O livro ‘Segurança Interna Em Tempos de Incerteza’ oferece uma análise aprofundada e atual sobre os desafios e as reflexões relacionados com a segurança interna num mundo em constante mudança, tendo o seu conteúdo sido elogiado por todos os intervenientes.
José Luís Carneiro realçou a implementação da Estratégia Integrada de Segurança Urbana, durante o Governo de António Costa, em 2023, que contou com centenas de contributos da sociedade civil, associações, Administração Central e autarquias, pegando ‘em vários instrumentos que estavam relativamente dispersos’, de policiamento de proximidade, e ‘procurou dar-lhe uma eficácia’, quer na identificação das necessidades, quer na mobilização de meios para as necessidades.
No ponto de vista do autor, ‘há quem queira colocar em causa este modelo, mas é ele que permite que umas forças cooperem com as outras’, orientando as políticas públicas de segurança.
Ana Abrunhosa, ex-Ministra da Coesão Territorial, referiu que ‘a segurança interna não tem só a ver com as forças de segurança; tem a ver com a saúde, a educação, a comunidade”. E considera que se deve dar mais valor aos dados e às estatísticas divulgadas e “não pôr em causa a força e a credibilidade das instituições’.
Falou da associação que se faz entre emigração e segurança, vincando que ‘o nosso papel é receber e integrar” e “aqueles que entram no nosso país têm direitos e têm obrigações que decorrem da lei, nem mais nem menos’.
A propósito da Estratégia Integrada de Segurança Urbana, que ‘prevê a articulação entre os vários níveis da Administração Pública - central, regional e local” - destacou os vários programas de policiamento de proximidade que “são fundamentais’.
Patrícia Gaspar crê que a segurança interna é a área mais exigente de todas: “exige entrega, compromisso, saber, capacidade de diálogo e capacidade de construir pontes e estabelecer consensos’.
A antiga Secretária de Estado da Administração Interna diz que atravessamos uma época em que os ‘os extremismos e os populismos ganham cada vez mais adesão e protagonismo’; há um ‘clima de desinformação’, um ‘cenário de profundas alterações climáticas com alto impacto’; temos ‘a guerra às portas da Europa’; existem ameaças da inteligência artificial, que tem ‘enorme potencial, mas que não está isento de risco e tem que ser muito bem usado’.
No fundo, ‘é uma realidade que temos que saber gerir da melhor forma possível’ e ‘todos estes temas estão bem refletidos’ no livro ‘Segurança Interna Em Tempos de Incerteza’. A obra ‘é um espelho fidedigno e transparente de dois anos de governação, em que todos estes desafios obrigaram ao desenvolvimento e à implementação de políticas públicas coerentes, realistas e estrategicamente direcionadas’.
Valter Lemos também teceu elogios ao livro, recomendando a sua leitura, não por “mera formalidade”, mas por considerá-lo ‘muito útil e com conteúdo importante e significativo’.
Na opinião do ex-Secretário de Estado da Educação, nos dias de hoje, ‘é bom ter políticos que se expressam de uma forma clara” e que se “baseiam no conhecimento e não na crença’.
‘A incerteza traz, naturalmente, insegurança a vários níveis, individual e coletivo, e vivemos tempos de muita incerteza, por isso, a segurança assume maior relevância’ e ‘deve ser vista como um pilar do Estado Social, ao lado da Justiça, da Educação, da Saúde e da Segurança Social’, conclui a nota enviada à comunicação social pelo Gabinete de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal de Castelo Branco
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