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Castelo Branco: Plenário distrital da FENPROF a 25 de Setembro na Amato Lusitano

A delegação de Castelo Branco da Federação Nacional dos Professores (FENPROF),  para falar desta e de outras questões, nomeadamente sobre a recuperação do tempo de serviço, vai realizar o plenário distrital de Castelo Branco no próximo dia 25 de Setembro, na Escola Secundária Amato Lusitano, a partir das 09:00 horas, , integrado na quinzena de plenários organizados pela FENPROF e que culminarão numa grande iniciativa a realizar em Lisboa, a 5 de outubro, Dia Mundial do Professor.

  • Educação
  • Publicado: 2024-09-16 18:41
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

A delegação de Castelo Branco da FENPROF irá falar sobre as questões abaixo descritas.

 

• Falta de professores

Este problema marca a abertura do ano letivo. Não é novo, mas o seu agravamento está a ser disfarçado, por um lado, com uma ainda maior sobrecarga horária dos docentes colocados nas escolas, a quem são atribuídas mais horas extraordinárias e, por outro, com a possibilidade das escolas poderem lançar as chamadas ofertas para contratação de escola cerca de um mês antes do habitual.

Alguns destes contratados diretamente pelas escolas detêm apenas habilitação própria e, não raras vezes, sem qualquer tipo de experiência ou formação para o exercício da docência.

As medidas do governo para mitigar o problema são limitadas, muito dependentes de haver quem esteja disponível, sendo pouco ambiciosas no que respeita à possibilidade de recuperar a maior parte dos 14 500 docentes que, nos últimos 6 anos, abandonaram a profissão.

Uma particular chamada de atenção para a falta de docentes de Português Língua Não Materna. Num momento em que o número de alunos estrangeiros atinge máximos – chega-se a atingir os 30% de alunos imigrantes - não há investimento na formação destes docentes.

 

• Falta de trabalhadores e profissionais não docentes

Como se sabia, a transferência para os municípios não foi a solução para resolver o problema da falta de assistentes operacionais, mas, acima de tudo, é a desresponsabilização do poder central por uma competência que deveria ser sua.

Na grande maioria das escolas, os assistentes operacionais continuam a ser insuficientes e sem qualificação.

No processo de municipalização, como era de esperar, já se notam assimetrias, fruto da desigual capacidade e/ou vontade dos municípios para dar a resposta adequada.

As escolas queixam-se, ainda, da falta de psicólogos e terapeutas. Em relação a terapias, há casos em que os alunos que delas necessitam não têm tido mais do que 30 minutos semanais.

 

• Desmaterialização e digitalização

A grande novidade do governo anterior teve, neste distrito, só duas escolas a aderir à utilização de manuais digitais, a principal razão prende-se com a rede de Internet que não garante a sua correta utilização.

 

• Requalificação do edificado

O parque escolar encontra-se bastante degradado e a precisar de intervenção havendo projetos aprovados, mas tardando as obras.
Esta necessidade é mais evidente, ainda, nos Jardins de Infância e no 1º Ciclo do Ensino Básico. A acrescentar a este facto, constata-se a necessidade de se ajustar a localização dos centros escolares às necessidades das famílias e à expansão das cidades. Muitas crianças ainda tomam as refeições na sala de atividades, apesar da intervenção da autoridade de saúde.

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